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Estátua de Iemanjá em Teresina é alvo de intolerância religiosa

A intolerância religiosa é crime no Brasil e prevê pena de 2 a 5 anos
Essa é a primeira vez que Iemanjá aparece com traços de mulher negra no Piauí.

Foto: Ronnyel Castro/CUFA Piauí

22 de abril de 2024

Situada na Avenida Marechal Castelo Branco, em Teresina, a recém-inaugurada estátua de Iemanjá negra tem sido alvo de ataques de intolerância religiosa nas redes sociais. A antiga imagem do monumento também já foi vandalizado diversas vezes.

Segundo religiosos dos Povos de Terreiro do Piauí, 31 pessoas foram denunciadas na Delegacia de Direitos Humanos após os ataques racistas e ameaças de vandalismo em postagem sobre a inauguração da imagem. 

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O movimento informou que reuniu o material publicado em postagens e notificou o caso à Secretaria Estadual de Segurança Público (SSP-PI). O grupo quer a identificação e a punição de todos os autores das mensagens.

Essa é a primeira vez que Iemanjá aparece com traços de mulher negra no Piauí. O antigo monumento presente no local, intitulado “Rainha do Mar”, era datado de 1980 e retratava uma figura branca, inspirada em Nossa Senhora dos Navegantes.

A representação foi atualizada pelo artista Jean Pimentel, do Polo Cerâmico de Teresina, para refletir a imagem de uma mulher negra, em consonância com as raízes afro-brasileiras.

A intolerância religiosa é crime no Brasil e prevê pena de 2 a 5 anos para quem obstar, impedir ou empregar violência contra quaisquer manifestações, ou práticas religiosas. 

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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