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Estresse por racismo pode agravar câncer de mama em mulheres negras, diz estudo

A pesquisa foi conduzida nos Estados Unidos com 121 mulheres e aponta para o impacto do estresse causado pelo racismo nos genes de tecidos tumorais
Foto mostra mulheres negras sentadas durante Grupo de Trabalho sobre gênero e raça dentro na reforma tributária na Câmara de Deputados, em abril de 2023.

Foto mostra mulheres negras sentadas durante Grupo de Trabalho sobre gênero e raça dentro na reforma tributária na Câmara de Deputados, em abril de 2023.

— Reprodução/Câmara dos Deputados

29 de março de 2025

Segundo um estudo divulgado pela revista acadêmica estadunidense Journal of The American Median Association (JAMA), o estresse crônico e as discriminações relacionadas ao racismo podem representar fatores que facilitam o aparecimento do câncer de mama em mulheres negras.

A pesquisa foi realizada com 121 mulheres, sendo 56 negras e 65 brancas. Por dez anos, os pesquisadores analisaram tecidos tumorais e exames de sangue das participantes em duas unidades hospitalares no estado de Maryland. 

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O estudo também se aprofundou em diferentes características de estresse das pacientes, como o “estresse percebido”, registrado a partir da perspectiva pessoal do indivíduo sobre sua própria vida, a discriminação racial e o suporte pessoal.

Os resultados sugerem que os fatores de estresse relacionados às discriminações raciais aumentam chances de tornar a glândula mamária mais suscetível ao tumor. A pesquisa ressalta que o mesmo também pode ocorrer com outros órgãos.

O estudo aponta que o racismo pode impactar diretamente os genes e o funcionamento do sistema imunológico de mulheres diagnosticadas com câncer de mama, devido à alteração na expressão de certos genes do tumor. Algumas dessas características tumorais afetadas pelo estresse podem desencadear o crescimento da doença.

“Acredita-se que exista um mecanismo pelo qual os estressores sociais sejam convertidos em respostas biológicas e fisiológicas ao estresse, afetando diretamente o microambiente do tumor”, diz trecho da pesquisa.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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