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EUA: pediatras flexibilizam amamentação por mulheres com HIV

A regra se aplica apenas em caso de mães soropositivas com carga viral indetectável; no Brasil, 53% das pessoas com HIV são mulheres, em sua maioria, negras
Os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para HIV recomendam que mulheres brasileiras que vivem com HIV não amamentem.

Foto: Reprodução/Daniel Freitas

5 de julho de 2024

Mulheres que vivem com HIV poderão amamentar seus filhos, desde que mantenham uma carga viral indetectável de forma consistente. Segundo os pediatras da Academia Americana de Pediatria (EUA), o risco de transmissão do HIV para o bebê é inferior a 1% quando a mãe está em terapia antirretroviral e mantém a carga viral abaixo de 50 cópias por ml de sangue.

No Brasil, de acordo com os dados mais recentes da Unaids e do Ministério da Saúde, existem cerca de 39 milhões de pessoas vivendo com HIV, sendo que 53% delas são mulheres e meninas. Os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para HIV recomendam que mulheres brasileiras que vivem com HIV não amamentem.

Além disso, os dados mostram que, até 2013, a cor de pele branca representava a maior parte dos casos de infecção pelo HIV, mas nos anos subsequentes houve um aumento de casos notificados entre pretos e pardos, representando mais da metade (51%) das ocorrências desde 2015.

A orientação da Academia Americana de Pediatria destaca a importância de os médicos adotarem uma abordagem centrada na família, considerando a raça e a cultura. As mães com HIV que desejam amamentar devem receber orientação especializada, especialmente de pediatras. 

“É fundamental informar à mãe e ao seu parceiro ou parceira que, embora o risco seja baixo, ainda há uma pequena possibilidade de transmissão do vírus, especialmente em situações como o uso inadequado da terapia antirretroviral”, destaca a Agência de Notícias da AIDS.

  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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