Mulheres que vivem com HIV poderão amamentar seus filhos, desde que mantenham uma carga viral indetectável de forma consistente. Segundo os pediatras da Academia Americana de Pediatria (EUA), o risco de transmissão do HIV para o bebê é inferior a 1% quando a mãe está em terapia antirretroviral e mantém a carga viral abaixo de 50 cópias por ml de sangue.
No Brasil, de acordo com os dados mais recentes da Unaids e do Ministério da Saúde, existem cerca de 39 milhões de pessoas vivendo com HIV, sendo que 53% delas são mulheres e meninas. Os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para HIV recomendam que mulheres brasileiras que vivem com HIV não amamentem.
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
Além disso, os dados mostram que, até 2013, a cor de pele branca representava a maior parte dos casos de infecção pelo HIV, mas nos anos subsequentes houve um aumento de casos notificados entre pretos e pardos, representando mais da metade (51%) das ocorrências desde 2015.
A orientação da Academia Americana de Pediatria destaca a importância de os médicos adotarem uma abordagem centrada na família, considerando a raça e a cultura. As mães com HIV que desejam amamentar devem receber orientação especializada, especialmente de pediatras.
“É fundamental informar à mãe e ao seu parceiro ou parceira que, embora o risco seja baixo, ainda há uma pequena possibilidade de transmissão do vírus, especialmente em situações como o uso inadequado da terapia antirretroviral”, destaca a Agência de Notícias da AIDS.