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Feira celebra a agroecologia e a luta em defesa dos territórios tradicionais

21 de setembro de 2018

“Saberes e Sabores” é o nome da feira cultural do Fórum de Comunidades Tradicionais que acontecerá no dia 22 de setembro no Quilombo do Campinho em Paraty

Texto / Vanessa Cancian
Imagem / Pi de Pitanga

A Feira Cultural “Saberes e Sabores” terá primeira edição no sábado (22) no Quilombo do Campinho, em Paraty, a partir das 13 horas. A atividade é uma uma iniciativa do Fórum de Comunidades Tradicionais de Angra dos Reis, Paraty e Ubatuba e tem o objetivo de celebrar a luta em defesa do território, das práticas agroecológicas, que promovem saúde e soberania alimentar, e do protagonismo das mulheres negras, indígenas e caiçaras, construindo histórias de resistência pela terra e pelos direitos humanos dos povos e comunidades tradicionais na região e no Brasil.

No evento terá troca de mudas e sementes crioulas, agroecologia, artesanatos, trocas sobre a luta em defesa do território e apresentações culturais sobre a diversidade dos povos indígenas, caiçaras e quilombolas. Também haverá oficina de estamparia do FCT e todos que quiserem podem trazer camisetas para serem estampadas pelo movimento.

“Com a agroecologia vivenciamos um sistema de conexão com a natureza e para nós representa uma forma de luta para que possamos colher muitos bons frutos e manter a nossa terra fértil e viva”, pontua Ana Claudia Martins, liderança quilombola do Campinho que também é agricultora, guia de turismo de base comunitária e jongueira.

Quilombo do Campinho

Protagonizada por três mulheres, vovó Antonica, tia Marcelina e tia Maria Luiza, a história do Quilombo do Campinho da Independência evidencia a força e resistência dessas famílias que lutaram para conquistar e permanecer na terra no final do século XIX. Com o passar do tempo, a região se valorizou e, mais uma vez, as novas gerações se colocaram em defesa de seu território, que culminou na titulação do quilombo, no dia 21 de março de 1999 – o primeiro quilombo titulado do estado do Rio de Janeiro.

Atualmente a comunidade recebe grupos e opera roteiros de turismo de base comunitária, possui casa artesanato, agroecologia, além de ações culturais como o jongo, o samba, a dança afro e a capoeira. Também possui um dos restaurantes mais famosos da região com a maravilhosa culinária quilombola.

Mais sobre o Fórum

O movimento do Fórum de Comunidades Tradicionais – Angra do Reis, Paraty e Ubatuba – (FCT) teve início em 2007 e desde então trabalha pela defesa do território tradicional de caiçaras, indígenas e quilombolas (40 comunidades).

Dentro desse contexto, o Turismo de Base Comunitária tornou-se mais uma ferramenta para fomentar a salvaguarda dos saberes, manifestações culturais e de todo o modo de vida tradicional que resiste em uma região explorada intensamente pelo turismo de massa. A educação diferenciada, a agroecologia e diversas ações políticas são práticas diárias.

 

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