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Festival Feira Preta: 22ª edição reúne marcas, música e celebração de identidades negras

Com o tema “Ser Feliz é a Nossa Revolução”, edição deste ano será realizada entre os dias 3 a 5 de maio, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo
Palco da Feira Preta em São Paulo, 22 de setembro de 2017

Foto: Alma Preta

3 de maio de 2024

Celebrando identidades pretas, impulsionando a prosperidade pelo entretenimento e impacto social, a 22ª edição do Festival Feira Preta com o tema “Ser Feliz é a Nossa Revolução” é um marco na história da construção da identidade da comunidade negra no país. O evento será realizado entre os dias 3 e 5 de maio deste ano, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. 

A sua programação conta com grandes shows, talks, desfiles de moda, espaço de beleza, programação infantil, ativações de marca, mappinge integração com metaverso. O evento ainda conta com a apresentação de marcas como Doritos®, Mercado Livre, Mercado Pago, SEDA® e Budweiser, além do patrocínio da VIVO e Beats.

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Para esta edição, a expectativa de público é de 50 mil pessoas de diferentes gerações, que irão vivenciar uma experiência única. O único evento desse porte é idealizado e realizado há mais de 20 anos por Adriana Barbosa, mulher negra brasileira, vem proporcionando ao longo das edições a potencialização da cultura, do entretenimento e do empreendedorismo negro. 

Para Adriana, o evento ao passar dos anos, precisou se reinventar diversas vezes, estando alinhado com as mudanças dos cenários sociais, culturais e políticos brasileiros, tendo a questão racial no centro. “Um dos nossos diferenciais também é dialogar com diferentes gerações. Recebemos a jovem, sua mãe e sua avó”, disse. 

Consolidação entre os grandes eventos do país 

Em nova fase, o evento tem o intuito de elevar sua posição e se consolidar entre os grandes eventos do país, mudando sua estrutura e trazendo a participação de artistas renomados. 

O evento adotará o modelo freemium, oferecendo espaços gratuitos e pagos. Em ambos os locais, contarão com shows de artistas negros reconhecidos na cena musical, atividades de marcas, uma feira de empreendedores, palestras e opções gastronômicas.

Esta nova fase foi concebida para oferecer experiências inéditas e inspirar novas perspectivas para o público presente. Para isso, a equipe da PretaHub, empresa por trás do festival, uniu forças com Bárbara Soalheiro, criadora da metodologia MESA, e sua equipe, reunindo especialistas em festivais, publicidade e entretenimento. Juntos, eles colaboraram para criar soluções e escrever coletivamente este novo capítulo na história do evento.

Atrações artísticas 

Contando com três palcos, a programação já tem nomes confirmados como Marcelo D2, convidando Arlindinho e Maria Rita para uma homenagem a Arlindo Cruz; Baile da Preta com Preta Gil convidando Majur, Luedji Luna, Attoxxa com Rincon Sapiência e Larissa Luz, Tasha e Tracie, com Duquesa e Mc Luanna, o encontro de Dona Onete e Lia de Itamaracá; 

Além disso, a presença das festas dos principais festivais negros de outros estados como o Psica (PA), Bronx (RS),  Batekoo (BA) e Latinidades (DF), além de rodas de samba como Cacique de Ramos, Quintal dos Pretos, Resenha da Nala, Sambadela (o samba da Thelminha) e blocos afros como Zumbiido e IluObá.

Compromisso em pautar negritude durante todo o ano 

A edição deste ano inova ao ser realizada no mês de maio. Adriana destaca que o festival se colocou como um dos principais movimentos a pautar o mês de novembro, proporcionando à comunidade negra um ambiente seguro, potente e de celebração 

“A nossa decisão de ir para o mês de maio tem o objetivo de construir outra narrativa para um período onde pouco se fala sobre as potências negras, convocando o mercado a incentivar eventos voltados à comunidade durante todo o ano”, explica a idealizadora. 

Ainda sobre o assunto, ela acrescenta que a mudança de data do festival marca o compromisso em pautar os interesses e necessidades da comunidade negra durante todo ano, incluindo o mês de novembro. 

A iniciativa surgiu em 2002 com a missão de promover e destacar os produtos e serviços de empreendedores negros. Desde então, ao longo de duas décadas, o evento tornou-se um ponto de encontro para mais de 250 mil pessoas, reunindo 7 mil artistas e 3 mil empreendedores não apenas do Brasil, mas também de diversas nações latino-americanas.

Com a adaptação para o formato online em 2020 e 2021, o festival alcançou mais de 65 milhões de visualizações, ampliando seu alcance e impacto. Nesse período, as vendas de produtos e serviços oferecidos por afroempreendedores resultaram em uma movimentação financeira direta superior a R$ 15 milhões, demonstrando o poder e a importância econômica desse segmento.

“O Festival Feira Preta é um lugar onde podemos ser quem desejamos, existir sem medo, ser e nos reconhecermos abundantes. E é por este motivo que reestruturamos nosso festival para se tornar algo ainda maior e possível de experiências, trocas e felicidades coletivas”, acrescenta Adriana Barbosa.  

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