O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) encerra as celebrações do Dia Nacional da Visibilidade Trans com a apresentação de três estudos voltados para a população trans e negra. Os projetos “HPTN 091” e “Brilhar e Transcender (BeT)”, conduzidos pelo INI, serão detalhados ao público, juntamente com a pesquisa inédita “Travestilidades Negras: movimento social, ativismo e políticas públicas”, realizada pelo Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros (Fonatrans/RJ) em parceria com a Fiocruz Piauí.
O evento ocorre nesta sexta-feira (7), a partir das 8h30, no Auditório do Museu da Vida, localizado no campus da Fiocruz, em Manguinhos, Rio de Janeiro. Haverá transmissão ao vivo pelo YouTube. Além da apresentação dos estudos, também serão divulgados os dados dos atendimentos do Programa Justiça Itinerante, que atua dentro da instituição.
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Estudos reforçam importância da educação por pares
Os projetos HPTN 091 e BeT foram conduzidos recentemente pelo INI/Fiocruz e envolveram diretamente travestis e mulheres trans como educadoras. Embora cada pesquisa tenha um foco específico, ambas buscaram promover a saúde dessas populações de forma ampla, evidenciando a relevância da educação por pares na disseminação de informações e na promoção da autonomia.
O estudo HPTN 091 integrou uma rede de pesquisas internacionais voltadas à prevenção do HIV entre mulheres trans e travestis, destacando a importância de abordagens mais inclusivas e acessíveis. Já o BeT, focado na população transgênro negra, analisou o impacto da intersecção entre racismo, transfobia e desigualdade social no acesso à saúde.
Desigualdade da população trans no acesso a políticas públicas
A pesquisa Travestilidades Negras, conduzida pelo Fonatrans/RJ em colaboração com a Fiocruz Piauí, é um estudo inédito que evidencia as diferenças no acesso às políticas públicas pelas pessoas trans negras no Brasil. O levantamento mostra que, além da transfobia, essa população enfrenta barreiras raciais que dificultam a obtenção de direitos básicos, como saúde, educação e assistência social.
Os dados apresentados no estudo reforçam a necessidade de políticas públicas específicas para essa população, considerando a intersecção entre racismo e transfobia. O evento servirá como espaço de debate sobre esses desafios e estratégias para mudanças estruturais.
Além da apresentação dos estudos, o evento contará com mesas de debates, performances de artistas trans e negras, apresentação da cultura ballroom, além de espaço para expressões culturais como música, dança e poesia. Parlamentares e autoridades governamentais também estarão presentes. Consulte a programação na íntegra neste link.