Com realização da mandata Coletiva Pretas por Salvador, junto com o Instituto Odara, a Câmara Municipal de Salvador realiza, nesta quarta-feira (17), uma sessão especial com foco nas discussões sobre a violência e o genocídio contra a população negra da Bahia. A audiência acontece às 10h, com transmissão simultânea pelos canais do Instituto Odara. (Youtube, Facebook, Instagram)
A sessão especial visa alertar para os números da letalidade policial contra a população negra. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2020, 100% das vítimas assassinadas pela polícia em Salvador eram homens negros. De acordo com o Atlas da Violência, as mulheres negras também são as maiores vítimas da violência: 66% do total de mulheres assassinadas no Brasil em 2019 foram negras. Os homens representaram 77% das vítimas de homicídios.
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
Leia também: Homem negro é o perfil de 100% dos mortos pela polícia em Salvador
Para a coordenadora executiva do Instituto Odara, Naiara Leite, é preciso que parlamentares negras levantem discussões em defesa da vida das pessoas negras dentro dos espaços de poder.
“É urgente que os espaços oficiais de decisão de Salvador e da Bahia tratem das questões da violência sistêmica contra pessoas negras. E percebemos que essas pautas só ganham espaço quando nós, mulheres negras, pautamos”.
A iniciativa coletiva é feita pelas co-vereadoras Laina Crisóstomo, Gleide Davis e Cleide Coutinho, e pelo projeto “Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar” – que há 6 anos é desenvolvido pelo Instituto Odara, em parceria com o Centro de Arte e Meio Ambiente (CAMA), a Associação Artístico Cultural Odeart e o Grupo de Mulheres na Luta, em três comunidades da Periferia de Salvador (Nordeste de Amaralina, Cabula e Península de Itapagipe).