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Governador recusa reivindicações de educadores indígenas no Pará; ocupação na SEDUC completa 16 dias

A reunião do governador do Pará com o movimento de educadores indígenas aconteceu a portas fechadas, sem a autorização para uso de celulares e sem a presença da imprensa
Foto mostra o governador Helder Barbalho (MDB), propositor da legislação que põe em risco o ensino nas comunidades indígenas e tradicionais do Pará.

Foto mostra o governador Helder Barbalho (MDB), propositor da legislação que põe em risco o ensino nas comunidades indígenas e tradicionais do Pará.

— Reprodução / SEDUC Pará

29 de janeiro de 2025

Na noite de terça-feira (28), o governador Helder Barbalho (MDB-PA) se reuniu com representantes e educadores do movimento indígena, que exigem a suspensão da nova lei que põe em risco o ensino presencial nas comunidades tradicionais do Pará. 

O encontro ocorreu no Palácio do Governo, em Belém e contou com a presença de 40 lideranças indígenas e professores em greve, do governador paraense, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, a deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG) e outros representantes do governo.

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A reunião se estendeu até a madrugada, mas terminou sem resoluções após a negativa de Barbalho em relação às demandas dos indígenas. Com isso, a ocupação da Secretaria de Educação (SEDUC), iniciada no dia 13 de janeiro, se mantém, e entra em seu 16º dia consecutivo. 

A articulação, composta de lideranças das 14 etnias do Baixo Tapajós e educadores indígenas, também defendeu a exoneração do atual titular da Seduc, Rossieli Soares. 

Em entrevista ao jornal Brasil de Fato, o cacique Dada Borari, que participou do encontro, conta que não houve negociação com a administração estadual. Segundo a liderança, a revogação da lei 10.820/2024 não foi aceita pelo governador e o pedido de remoção do atual chefe da Secretaria de Educação também foi negado.

Os educadores informam que a reunião levou 15 dias para ser agendada, além de ter sido marcada de forma arbitrária, sem a consulta prévia das partes envolvidas em relação aos horários e escolha do local.

O acesso da imprensa também foi proibido e as ruas foram interditadas com forte uso da força policial.

Texto com informações do Brasil de Fato*

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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