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Governo faz operação para retirar invasores de terra indígena em Rondônia

Com 42 membros, população Karipuna sofre risco de extermínio caso seus direitos não sejam resguardados
Invasores no interior da TI Karipuna, flagrados em fevereiro de 2019.

Foto: Chico Batata/Greenpeace

4 de junho de 2024

O governo federal anunciou que iniciou um processo de retirada de invasores da Terra Indígena Karipuna (TIKA), localizada entre os municípios de Porto Velho e Nova Mamoré, em Rondônia. O território possui mais de 150 mil hectares.

Segundo informações da Casa Civil, órgão responsável pela operação, 210 servidores federais assumiram a missão de reintegrar a posse da terra aos indígenas detentores do direito à ocupação. O governo diz que a iniciativa visa preservar o meio ambiente, a sustentabilidade, a integridade, cultura e vida deste povo.

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Com 42 membros, os Karipuna representam um dos menores povos indígenas do Brasil após um grave processo de dizimação. Eles sofrem risco de extermínio caso seus direitos não sejam resguardados. No território, esses povos realizam atividades tradicionais de caça, pesca e coleta, entre outras.

A desintrusão é uma resposta às pressões de desmatamento, com a crescente extração ilegal de madeira e a criação de gado, à pesca ilegal e à grilagem de terra. As ameaças foram identificadas pela inteligência da operação durante o processo, que possui 20 órgãos federais envolvidos.

Uma vez concluída a operação, prevista para ocorrer ao final de julho, será implantada a fase de consolidação, com medidas para impedir ou dificultar o retorno dos invasores na terra indígena, como a inutilização de pontes, vias de acesso e outras construções que não sejam de interesse do povo originário, além da promoção de ações diárias de monitoramento e patrulhamento.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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