O Ministério do Esporte em parceria com o Ministério da Igualdade Racial firmou na quarta-feira (26) um contrato para combater o racismo no país. A iniciativa visa englobar atletas, torcedores e entidades esportivas em campanhas educativa e ações de conscientização com o objetivo de erradicar a discriminação racial no esporte.
O Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado é uma ação voltada para a conscientização, formação e monitoramento da discriminação racial no ambiente esportivo.
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No acordo, entre as principais medidas está a criação de um selo prêmio para incentivar práticas antirracistas nas entidades esportivas, juntamente com a realização de campanhas educativas em eventos esportivos, além da mobilização de torcidas organizadas para promover ações de combate ao racismo.
Segundo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, combater o racismo no esporte é uma prioridade do governo e o problema deve ser enfrentado com urgência.
“”O racismo no esporte é um reflexo do racismo sistêmico presente na sociedade e enfrentar isso é uma urgência. Com essa cooperação, queremos avançar na garantia de ambientes esportivos pautados pela igualdade e pelo respeito, sendo espaços seguros e acolhedores para todos”, afirmou em comunicado.
A medida também propõe o desenvolvimento de uma plataforma digital para monitorar e analisar dados sobre discriminação racial na área. Está prevista a realização de seminários junto à justiça desportiva, com capacitação de profissionais presentes no ramo.
O ministro do Esporte, André Fufuca, afirmou a importância da participação de todas as partes no combate a discriminação. Ele ressaltou a necessidade de políticas públicas eficazes para erradicar o racismo dentro e fora das arenas esportivas.
No projeto haverá a inclusão de atividades antirracistas em programas esportivos governamentais. As ações têm o objetivo de estabelecer um diálogo com mídias esportivas e mídias negras, visando ampliar a cobertura e a disseminação de conteúdos antirracistas no esporte.
A implementação do acordo será monitorada por representantes de ambos os ministérios, com cada pasta ficando responsável pelo financiamento de suas ações específicas. O acordo terá uma duração inicial de 24 meses, podendo ser renovado conforme a necessidade.