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Grupo de brasileiros em Genebra (Suíça) faz ação para denunciar a execução de Marielle Franco

17 de março de 2018

Divulgação do caso ocorreu durante atividade que contava com a participação da autora nigeriana feminista, Chimamanda Ngozi Adichie. Pessoas ao redor do mundo estão cientes das violências praticadas no Brasil contra a população negra

Texto / Mariana Torres
Imagem / Acervo pessoal

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Um grupo de estudantes e brasileiros defensores dos Direitos Humanos se reuniram no dia 17 de março, em Genebra na Suíça, para divulgação de panfletos sobre a execução da vereadora e ativista, Marielle Franco.

Os brasileiros entregaram panfletos em dois eventos, o primeiro foi na entrada do Festival do Filme e Fórum Internacional de Direitos Humanos (FIFDH). A sessão escolhida para denunciar o fato ocorrido no Brasil era um importante momento do festival por contar com a participação da autora nigeriana feminista, Chimamanda Ngozi Adichie. A venda de ingressos para este evento foi esgotada e a organização do festival colaborou com a divulgação do caso ocorrido no Brasil, enviando para todos os inscritos uma newsletter com destaque para a execução de Marielle.

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“Quantos de nós ainda vão precisar morrer para essa guerra acabar?” (Foto: divulgação)

Após a ação no FIFDH, eles seguiram para a manifestação #PrenonsLaVille (Tomamos a Cidade), que visava a ocupação de espaços públicos e prédios desocupados para questionar os altos preços de alugueis na cidade. Os manifestantes suíços contestaram as políticas do Estado contra os imigrantes e forma racista e xenofóbica que a polícia reage contra essas minorias.

Os panfletos foram entregues aos participantes de ambos os eventos e traziam informações sobre os números de mortalidade da população negra e das mulheres afro-brasileiras no país, bem como o número de ativistas de direitos humanos mortos nos últimos anos. O panfleto denunciava o violento caso ocorrido com Marielle Franco, com indicações de como as pessoas de fora do país podem contribuir por meio de cobranças aos organismos internacionais para que estes façam pressão no governo do Brasil.

Ao longo da manifestação as pessoas reconheciam as fotos de Marielle e estavam informadas sobre a situação no Brasil. Os manifestantes suíços também cobravam justiça pelo crime ocorrido no país, onde no dia 01 de março, Mike, homem negro e membro do coletivo Jean Dutoit, foi brutalmente morto pela polícia na cidade de Lausanne.

O grupo de brasileiros de Genebra, contou com a participação de em média 20 pessoas que se preparam para fazer outras ações e manifestações pela cidade em denuncia e apoio aos movimentos sociais que acontecem no Brasil.

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