A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) divulgou na última semana que, a partir de 2025, estudantes indígenas que ingressarem na instituição iniciarão suas atividades acadêmicas por meio de um novo percurso formativo. Segundo a instituição, essa medida visa promover uma formação intercultural mais sólida e reduzir a evasão desses estudantes durante os cursos de graduação. A proposta foi aprovada pela Câmara de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da instituição e ensino.
O novo percurso, denominado Programa Formativo Intercultural para Ingressantes pelo Vestibular Indígena (ProFIIVI), terá a duração de dois semestres e contemplará oito currículos distribuídos em quatro áreas: Artes, Ciências Biológicas e Profissões de Saúde, Ciências Humanas e Ciências Exatas, Tecnológicas e da Terra. Os estudantes só iniciarão os cursos de graduação para os quais foram aprovados após completarem e serem habilitados pelo programa.
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De acordo com o comunicado da universidade, a matrícula dos estudantes no curso de graduação estará condicionada ao integral cumprimento e aprovação no ProFIIVI. O professor Ivan Toro, pró-Reitor de Graduação da Unicamp, destacou que o objetivo desse novo percurso é capacitar os estudantes para que possam contribuir significativamente em suas comunidades como profissionais qualificados.
Além disso, a Unicamp informou que serão contratados professores especificamente para o programa, e um núcleo será criado para acompanhar os estudantes durante o primeiro ano de formação.
No Vestibular Indígena 2024, a Unicamp ofereceu 130 vagas para estudantes indígenas, com 3.350 inscritos registrados pela Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest). A Unicamp recebeu sua primeira turma de estudantes indígenas em fevereiro de 2019, quando 611 inscritos concorreram a 72 vagas.