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Indígenas protestam contra construção de ferrovia no Pará

Projeto de ferrovia passará por área de preservação e terras indígenas, onde vivem cerca de 2 mil pessoas
Indígenas protestando contra a construção da Ferrogrão, no Pará.

Indígenas protestando contra a construção da Ferrogrão, no Pará.

— Reprodução / @CoiabAmazonia

5 de março de 2024

Indígenas das etnias Tapajós, Xavante, Panará, Mundukuru e Kayapós, juntamente com agricultores familiares e ribeirinhos, protestaram nesta segunda-feira (4) contra a construção da Ferrogrão, em Santarém (PA).

O projeto da Ferrovia foi incluído no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e preocupa os moradores da região, pois prevê passagens por áreas de preservação permanente e terras indígenas, onde vivem mais de 2 mil pessoas.

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Em publicação nas redes sociais, a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) denunciou que os moradores não foram consultados previamente. Além disso, o projeto apresentaria riscos ambientais para as áreas onde está prevista a construção.

“Os parentes denunciaram a ausência de Consulta Prévia Livre e Informada, a fragilidade dos estudos de impacto e os riscos socioambientais da ferrovia.”, diz trecho de publicação da COIAB no X (antigo Twitter).

A Ferrogrão é um projeto de ferrovia alternativa à Rodovia BR-163, e pretende ser uma via voltada à exportação de grãos. O projeto ligará a cidade de Sinop (MT) ao porto de Mirituba, no Pará, e contará com 933 quilômetros de extensão. Com o prazo de concessão de 69 anos, a construção da ferrovia custará cerca de R$ 24 bilhões.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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