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Jogador do Fluminense sub-20 chama gandula e adversário de ‘escravos’

O clube carioca emitiu uma nota oficial a respeito do caso, mas até o momento, não anunciou nenhuma medida em relação ao atleta Arthur
Imagem mostra o jogador Arthur, do Fluminense sub-20.

Imagem mostra o jogador Arthur, do Fluminense sub-20.

— Reprodução/Fluminense

16 de setembro de 2024

Um caso de injúria racial abalou o jogo entre Madureira e Fluminense, pelo Campeonato Carioca Sub-20, no sábado (14), em Conselheiro Galvão. Durante a partida, um gandula e o jogador Edilson, do Madureira, acusaram o jogador Arthur, do Fluminense, de tê-los chamado de “escravos”.

Segundo informações do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, o jogo terminou empatado em 1 a 1, mas a tensão aumentou após o apito final. Os jogadores do Madureira partiram para cima de Arthur, que foi levado para a 29ª delegacia para prestar depoimento. Edilson explicou que Arthur havia chamado o gandula de escravo e que ele havia reagido, dizendo que não era assim que as coisas eram. Arthur teria respondido, dizendo que todos eram escravos.

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O Fluminense emitiu uma nota oficial a respeito do caso, mas até o momento, não anunciou nenhuma medida em relação ao atleta Arthur.

“O Fluminense reforça seu veemente posicionamento contra o racismo e reafirma que luta incansavelmente contra todo tipo de preconceito no futebol e na sociedade em geral”, informou o clube.

O Madureira também se pronunciou nas redes sociais, com repúdio a qualquer ato racista. “É inaceitável que nos tempos atuais ainda temos que nos deparar com situações lamentáveis como a acontecida hoje em Conselheiro Galvão”, disse o Madureira.

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  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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