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Justiça restabelece serviços de mototáxi por aplicativo em São Paulo

Juiz destacou que o aumento de acidentes de trânsito na capital é sinal de falta de fiscalização eficaz
A foto mostra uma fileira de motocicletas estacionadas.

A foto mostra uma fileira de motocicletas estacionadas.

— Paulo Pinto / Agência Brasil

15 de maio de 2025

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) autorizou o retorno dos serviços de mototáxi ofertados por aplicativos de transporte na capital paulista.

A decisão, assinada pelo juiz Josué Pimenta, da 8ª Vara de Fazenda Pública, anulou o decreto publicado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) no dia 14 de janeiro. O documento proibia a oferta desse tipo de serviço em toda a cidade de São Paulo.

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O parecer do TJSP considerou o decreto inconstitucional, uma vez que a atividade é permitida pela legislação federal. Pimenta ainda destacou que não houve comprovação da relação entre o número de acidentes de trânsito e a oferta dos serviços. 

“As provas constantes dos autos (dados de 2014 a 2023) não demonstram aumento no número de acidentes e óbitos em razão dos serviços de mototáxi e, por consequência, a violação a direito da personalidade coletiva”, declarou Pimenta em trecho do documento.

Para o magistrado, uma vez que não há dados suficientes para sustentar a alegação, não é possível relacionar a oferta das corridas por mototáxi com o aumento nas mortes no trânsito. O juiz ainda reforçou que o aumento dos acidentes é um “claro sinal” de fiscalização ineficaz e insuficiente.

“Trata-se de dados relativos ao próprio risco de se pilotar motos e não da atividade de transporte remunerado de passageiros. Ou seja, os riscos alegados advêm do próprio meio de locomoção (gênero), e não da atividade econômica exercida por meio do uso deste tipo de veículo (espécie)”, apontou.

Em comunicado à imprensa, a Prefeitura de São Paulo informou que irá recorrer da sentença judicial.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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