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Líder quilombola é assassinado a tiros na porta de casa na Bahia

O suspeito do homicídio, Wilson Pereira Pardinho, foi identificado por testemunhas e segue foragido
O líder quilombola Arlindo Firmino de Brito, executado a tiros na porta de casa.

O líder quilombola Arlindo Firmino de Brito, executado a tiros na porta de casa.

— Reprodução

11 de outubro de 2024

O líder quilombola Arlindo Firmino de Brito, de 60 anos, foi morto a tiros na porta de casa na terça-feira (8). O crime ocorreu na comunidade quilombola de Tamboril, localizada na zona rural do município de Condeúba, no sudoeste da Bahia. 

Segundo a Polícia Militar, o crime pode ter sido motivado por vingança. Brito, que também atuava como agente comunitário, evitava frequentar a casa de um traficante, temendo pela sua segurança, já que a residência era conhecida como ponto de venda de drogas.

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Arlindo foi atingido por três tiros. A filha do líder quilombola e uma vizinha presenciaram o assassinato. Na quarta-feira (9), o corpo de Brito foi sepultado na própria comunidade. 

Por meio de nota, a Polícia Civil do Estado da Bahia informou que a Delegacia de Condeúba investiga as circunstâncias da morte de Arlindo Firmo de Brito. O suspeito do homicídio, Wilson Pereira Pardinho, foi identificado por testemunhas e segue foragido. 

Em nota divulgada nas redes sociais, a Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ), expressou “profundo pesar e indignação” pelo assassinato da liderança do Quilombo Tamboril. 

“Esse crime covarde não é um ato isolado, há anos presenciamos um longo histórico de violência e brutalidade para com os quilombolas. Sua morte representa uma perda irreparável não só para sua comunidade, mas para todos que estão aguerridos dia e noite para assegurar o cumprimento das políticas mais básicas para seus quilombos”, expressou o comunicado.

A entidade também exigiu que as autoridades competentes tomem as medidas cabíveis para encontrar os autores do crime, além de solicitar ações efetivas de proteção para as lideranças que “diariamente arriscam suas vidas apenas por exigir aquilo que é nosso por direito”.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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