O levantamento realizado por um laboratório de testes genéticos analisou seu banco de dados com mais de 300 mil DNAs e identificou que a ancestralidade da linhagem materna é predominantemente africana e indígena, enquanto na paterna prevalece a ascendência europeia.
De acordo com o estudo, na população brasileira os haplogrupos — conjunto de informações genéticas humanas — de origem materna são predominantemente de nativos americanos e asiáticos, representando 32,1% da população, enquanto os africanos compreendem 23,8%. Já o grupo genético europeu representa 19,5% dos haplogrupos maternos. Isso fomenta a tese de que os nativos descendem dos antigos povos que migraram da Ásia para a América pelo estreito de Bering.
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O levantamento feito pelo laboratório Genera mostra ainda que as composições genéticas maternas variam de acordo com as regiões do país, a paterna se mantém constante, de acordo com informações enviadas à Alma Preta.
Na região Norte, onde os povos indígenas têm presença mais marcante, mais da metade da base de usuários que fizeram o teste genético tem linhagens maternas de origem nas Américas e na Ásia, representando 51%. Em seguida, as linhagens da África compõem 26%, enquanto as da Europa representam apenas 18%.
Já no Nordeste há a predominância das linhagens maternas de origem africana, representando 40% do total. Em seguida, as linhagens da América e da Ásia compõem 35%, enquanto as linhagens europeias representam 21%.
No Sul do país destacam-se as linhagens maternas de origem europeia, embora a diferença em relação às outras regiões seja menor. Cerca de 55% da ancestralidade materna é representada pelos haplogrupos mais comuns na Europa. Em seguida, as linhagens da América e da Ásia compõem 26%, enquanto a linhagem africana representa 11%, e outras origens equivalem a quase 7%.