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Literatura erótica é uma forma de desconstruir estereótipos racistas, diz poeta

Os poetas Akins Kintê e Jenyffer Nascimento foram os convidados do segundo episódio do podcast Papo Preto

26 de agosto de 2019

A relevância da literatura erótica para o fortalecimento da identidade negra é o tema do segundo episódio do Papo Preto, podcast da Alma Preta. Os convidados foram os poetas Akins Kintê e Jenyffer Nascimento.

Akins Kintê é conhecido por sua literatura erótica voltada para o público negro. Entre suas obras publicadas, está “Nuances de Líbido” e “Pretumel de Chama e Gozo”.

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Durante o bate-papo, o poeta falou sobre como a história da literatura erótica está atrelada a experiências de pessoas brancas. “Muitos dos textos que eu li falavam de pessoas que cansaram do Brasil e que foram namorar na Europa. Essas coisas são legais, mas estão muito distantes da realidade da negritude”, conta.

A outra convidada, Jenyffer Nascimento, é autora de “Terra Fértil” e em suas obras aborda a sexualidade da mulher negra. Ela conta como a literatura erótica é importante para a população feminina expressar sua intimidade.

“Eu tenho observado um movimento de mulheres falando sobre o próprio prazer. Hoje nós conseguimos falar sobre sexualidade e a nossa maneira de pensar o erótico sem, necessariamente, a presença do homem”, comenta.

Para ela, a literatura erótica também é uma forma de desconstruir estereótipos sobre pessoas negras. “A gente desconstrói estereótipos racistas como o de que negros são mais violentos e fortes. Precisamos ter cuidado com isso porque temos o papel de representar nossas existências”, afirma.

A obra escolhida para ilustrar o segundo episódio do Papo Preto é “Namoro de Negras” de Ednísio Ribeiro, artista plástico e designer do underground do tropicalismo.

Você pode conferir o bate-papo completo sobre literatura erótica no Spotify. O programa é apresentado pelo jornalista e editor-chefe do Alma Preta, Pedro Borges. Os episódios vão ao ar quinzenalmente com assuntos como enfrentamento ao racismo e ao genocídio, autoestima e o dia a dia da população negra e periférica.

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