Na agenda, alguns temas como o Pacote Anticrime e os índices de violência juvenil foram discutidos
Texto / Lucas Veloso | Edição / Pedro Borges | Imagem / Divulgação
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Nesta terça-feira (8), um grupo de mães com filhos mortos por policiais se encontraram com o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia.
As mulheres fazem parte da Rede Nacional de Mães e Familiares de Vítimas do Terrorismo do Estado. A agenda com Maia teve o objetivo de denunciar as violações de direitos humanos cometidos pela polícia no Brasil
O pacote de segurança público do ministro Sérgio Moro é uma proposta criticada pelo grupo de mães, como também o Projeto de Lei 7883/17, que amplia o conceito de legítima defesa previsto no Código Penal.
“Para nós, mães e familiares de vítimas letais da polícia, é inconcebível a proposta do ministro Moro e do PL de conceder licença para matar aos policiais, pois eles já tem cometido atrocidades e assassinado milhares de pessoas, sem que os crimes sejam investigados”, apontaram em carta entregue ao parlamentar.
No mesmo dia do encontro, o filho de Rute Fiúza, Davi faria 21 anos. O menino foi morto há cinco anos pela polícia baiana, quando tinha 16 anos.
Segundo a mãe, uma das presentes, o presidente se mostrou empenhado em colaborar com o andamento de algumas pautas. “Ele demonstrou interesse em levar as pautas ao plenário para que não seja aprovado o PL e nem o Pacote do Moro, criado para continuar o genocídio com os negros”.
Rute afirma que encontros com parlamentares ajudam no sentido de pensar políticas públicas favoráveis às vítimas do Estado. “Não dá para aceitarmos mais que a polícia mate com o aval da caneta”, explica.
O documento ainda nomina o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) como um dos responsáveis por incitar a violência policial no país. Elas relembraram o caso em que Witzel comemorou o trabalho realizado pela polícia carioca ao matar um sequestrador durante ação no mês de agosto.