Manifestantes foram à Avenida Paulista, em São Paulo, na tarde deste sábado (29) protestar contra o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido). A principal motivação do ato é a lentidão da vacinação contra a Covid-19, levando a insatisfação popular do controle da pandemia, que resultou até o momento em 459 mil mortes.
Integrantes do Movimento Sem Teto (MTST) partiram da Rua da Consolação em direção ao MASP (Museu de Arte de São Paulo, com uma bandeira da ocupação Carolina Maria de Jesus. Por volta das 18h30, outros manifestantes começaram uma passeata pacífica da Paulista em direção à Praça Roosevelt, também na região central da capital.
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O produtor de teatro Rafael Ferro ressaltou a importância do ato para mostrar a indignação da população. “Estou aqui demarcando esse lugar junto de milhares de pessoas para dizer o quando a gente desaprova e repudia esse governo genocida, da miséria e da fome”, afirmou, em entrevista à Alma Preta Jornalismo.
Entidades de movimentos sociais e sindicatos distribuiram máscaras e álcool em gel para as pessoas. Motoristas que passavam pela região fizeram um buzinaço em apoio ao protesto. Ao longo do trajeto, em muitos prédios, os moradores foram até as janelas para bater panelas e somar ao protesto.
Placas com os dizeres: “Queremos comida no prato e vacina no braço”, “Mulheres Contra Bolsonaro”, “Bolsonaro Genocida”, “Impeachment Já” e “Vacina Já”, estamparam a multidão devidamente protegida com máscara, principalmente a PFF2, e distanciamento físico.
Outras centenas de cidades brasileiras registram atos contra o governo Bolsonaro neste último sábado de maio. No Recife, capital pernambucana, os manifestantes que caminhavam de forma pacífica foram reprimidos pela Polícia Militar do estado. Além de feridos, a ação da polícia resultou na prisão de manifestantes. Mandados e ativistas cobram responsabilização dos agentes envolvidos na repressão.