Neste dia 18 de outubro, Sebastião Bernardes de Souza Prata, conhecido nacionalmente como Grande Otelo, completaria 108 anos de nascimento. O artista, que nasceu na cidade mineira de Uberlândia, em 1915, consagrou-se como um grande ator, comediante, cantor e compositor brasileiro.
Sua trajetória começou na década de 1920, aos oito anos, quando participou da “Companhia Negra de Revistas”, cujo maestro era ninguém menos que Pixinguinha. Em 1932, já na adolescência, entrou para a “Companhia Jardel Jércolis”, uma das pioneiras do teatro de revista. Foi nessa época que ganhou o apelido de Grande Otelo.
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No cinema, participou, em 1942, do filme “É tudo Verdade”, de Orson Welles, diretor, escritor e produtor norte-americano que o considerava o maior ator do Brasil. Grande Otelo e Herivelto Martins foram os responsáveis por apresentar ao cineasta estadunidense a diversidade cultural do povo brasileiro.
No entanto, foi com a versão cinematográfica de um clássico da literatura brasileira, Macunaíma (1969), dirigido por Joaquim Pedro de Andrade, a partir do romance de Mário de Andrade, que sua carreira ganhou um novo impulso.
Com sua atuação, Grande Otelo conquistou diversos prêmios nacionais e internacionais de melhor ator, como o IV Festival de Cinema de Brasília, o Prêmio Coruja de Ouro, do Instituto Nacional do Cinema, e o Prêmio Air France, todos no ano de 1969.
Durante seus 53 anos de carreira trabalhou em filmes de Nelson Pereira dos Santos, Carlos Manga, Bruno Barreto, Júlio Bressane, Cacá Diegues, Joaquim Pedro de Andrade, entre outros grandes cineastas. Ao todo, participou de 118 películas. Grande Otelo morreu em 1993 de um ataque fulminante do coração, quando viajava para Paris para uma homenagem que receberia no “Festival de Nantes”.
Além de colecionar admiradores Brasil afora, recentemente o artista teve sua trajetória resgatada no documentário “Othelo, o Grande”. A obra de Lucas H. Rossi dos Santos, produzida pela Franco Filmes, recebeu o Troféu Redentor de Melhor Documentário no Festival do Rio 2023.