O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) solicitou que Maxwell Simões, réu por envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, vá a júri popular. A solicitação ocorreu durante as alegações finais na ação penal movida contra o acusado.
Apresentado pela Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado para o caso Marielle Franco e Anderson Gomes (GAECO/FTMA), o pedido inclui a manutenção da prisão preventiva do réu em presídio de segurança máxima.
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Segundo a investigação, Maxwell auxiliou no assassinato monitorando a rotina de Marielle, além de ter ajudado com a troca de placas e com o desmanche do carro usado no crime, e de ter sido responsável pelo sumiço das capsulas da munição.
“Além de fornecer inegável ajuda aos executores para a obtenção de uma nova placa, bem como para a troca, destruição e desaparecimento daquela que anteriormente guarnecia o automóvel, juntamente com algumas das cápsulas dos projéteis, foi ele o responsável por contactar o indivíduo que fez desaparecer o Chevrolet Cobalt utilizado na empreitada”, destaca a Força Tarefa ao MPRJ.
Maxwell, conhecido como Suel, também responde pela tentativa de homicídio da assessora parlamentar Fernanda Gonçalves, que estava no veículo, mas não foi atingida pelos disparos.
Relembre o caso
Marielle Franco e Anderson Silva foram assassinados a tiros quando retornavam de um evento no centro do Rio de Janeiro, em 14 de março de 2018.
O principal suspeito da autoria do crime é Ronnie Lessa, apontado como mandante após a delação de Élcio de Queiroz, responsável por dirigir o carro usado no crime.
O crime passou a ser investigado pela Polícia Federal em 2023, após determinação do então ministro da Justiça Flávio Dino.