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MST denuncia novo ataque criminoso em acampamento no Mato Grosso do Sul

É a segunda vez que o acampamento Esperança, no município de Dourados, é alvo de ataques durante o mês de agosto
Sete barracos do acampamento Esperança, em Dourados, foram atingidos pelo fogo.

Foto: Reprodução / MST

30 de agosto de 2024

Na última quinta-feira (29), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) denunciou ter sido alvo de um ataque no acampamento Esperança, localizado na cidade de Dourados (MS). O local que abriga quase 300 famílias teve residências destruídas pelo fogo.

O incêndio se iniciou quando as pessoas tinham acabado de deixar a região. Sete barracos foram destruídos pelo fogo, que também consumiu alimentos, equipamentos de trabalho e até mesmo animais de pequeno porte.

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De acordo com relatos, um carro não identificado disparou fogos em direção ao local ocupado pelo acampamento na margem da rodovia MS-379. As chamas foram contidas pelos moradores antes que se alastrasse para outras partes do território.

Em nota, o MST diz acreditar que o caso possui relação com os conflitos da luta pela terra na área de Grande Dourado, que é composta por 11 municípios sul-mato-grossenses. A organização também informa que as agressões contra as famílias acampadas aumentaram após manifestarem solidariedade à resistência indígena no processo de retomada dos Guarani-Kaiowá.

“Dourados e as cidades do entorno são banhadas pelo sangue das lutas indígenas, por estes povos retomarem seus tekohas ancestrais e garantidos pela Constituição Federal brasileira de 1988. O agronegócio, o mesmo que incendeia o estado de São Paulo, no Mato Grosso do Sul, ataca quem luta pela democratização do acesso à terra nesse Brasil”, declarou o movimento.

Primeiro incêndio

No dia 5 de agosto, o acampamento Esperança foi alvo de tiros em um ataque ao acampamento. O grupo agressor também ateou fogo nos arredores da área. 

Denúncias relatam que os pistoleiros chegaram em cerca de dez caminhonetes e duas motocicletas. Apesar do fogo não ter atingido as residências, dezenas de pessoas passaram mal devido à inalação de fumaça, incluindo crianças e idosos.

O caso aconteceu logo após integrantes do Esperança prestarem auxílio aos indígenas da Terra Indígena (TI) Panambi Lagoa Rica, que também enfrenta conflitos na região.

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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