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Mulheres negras da terceira idade saem às ruas e declaram “Ele não”

1 de outubro de 2018

O número de eleitoras de 45 a 79 anos é de 31.687.490 em todo território nacional

Texto / Michelli Oliveira
Imagem / Júlio Cesar Silva

No último sábado (29) aconteceu o ato “Mulheres Contra o Bolsonaro”, no qual reuniu centenas de milhares de mulheres no Largo da Batata, zona oeste de São Paulo. Mulheres de todas as idades, classes sociais, grupos sociais se encontraram em 62 cidades do país gritavam juntas ELE NÃO.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as mulheres representam 52% do eleitorado brasileiro, sendo exatamente 77.337.919 mulheres aptas para votarem nas eleições de 2018. Hoje o candidato possui rejeição de 52% das mulheres eleitoras.

No ato a presença das mulheres da terceira idade era grande, mulheres negras acima dos 55 anos lutando pelos seus direitos, contra o racismo, machismo e o direito das mulheres. 

Deusa, auxiliar administrativa, 55 anos, fala que foi até o ato para lutar pelos seus direitos, “para ele os negros não têm alma, para ele nós não existimos, como teremos um presidente assim!”. 

De acordo com levantamento realizado pelo TSE em Julho de 2018, o número de eleitoras de 45 a 79 anos é de 31.687.490 e acima de 79 anos é de 2.309.802. Muitas dessas mulheres estavam no Largo da Batata em São Paulo mostrando que não irão abrir mão dos seus direitos.

Sandra Regina, estilista de 56 anos, acredita que o candidato fará de tudo para que os negros não tenham mais oportunidades, seja para entrar na universidade ou para condições de igualdade nas outras áreas da vida. “Se ele pudesse revogar a lei áurea, ele faria isso com certeza, passaria uma borracha”. 

De acordo com declarações feitas pelo candidato do PSL, mulheres não deveriam ganhar o mesmo salário que os homens por engravidarem. O mesmo também afirma que quer diminuir o tempo de licença maternidade, que hoje é de 120 dias (4 meses). 

Em entrevista ao Roda Viva, programa na TV Cultura, o candidato do PSL à presidência diz que cotas raciais não são uma resposta à dívida histórica com os negros, citando que nunca escravizou ninguém em sua vida. Em Abril, disse também que os quilombolas não servem para nada, nem para procriar. 

Rufina da Costa, 64 anos e aposentada, contou que todos os cidadãos deveriam estar contra o candidato: “ele representa uma ameaça, ele é uma violência a população negra”. Para ela, as falas dele incentivam a violência e o racismo. Por este motivo foi, mesmo sozinha, ao ato mostrar sua indignação.

 

Mulheres negras da terceira idade saem às ruas e declaram “Ele não”   O número de eleitoras de 45 a 79 anos é de 31.687.490 em todo território nacional   texto: Michelli Oliveira   No último sábado (29) aconteceu o ato “Mulheres Contra o Bolsonaro”, no qual reuniu centenas de milhares de mulheres no Largo da Batata, zona oeste de São Paulo. Mulheres de todas as idades, classes sociais, grupos sociais se encontraram em 62 cidades do país gritavam juntas ELE NÃO.   De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as mulheres representam 52% do eleitorado brasileiro, sendo exatamente 77.337.919 mulheres aptas para votarem nas eleições de 2018. Hoje o candidato possui rejeição de 52% das mulheres eleitoras.   No ato a presença das mulheres da terceira idade era grande, mulheres negras acima dos 55 anos lutando pelos seus direitos, contra o racismo, machismo e o direito das mulheres.    Deusa, auxiliar administrativa, 55 anos, fala que foi até o ato para lutar pelos seus direitos, “para ele os negros não têm alma, para ele nós não existimos, como teremos um presidente assim!”.    De acordo com levantamento realizado pelo TSE em Julho de 2018, o número de eleitoras de 45 a 79 anos é de 31.687.490 e acima de 79 anos é de 2.309.802. Muitas dessas mulheres estavam no Largo da Batata em São Paulo mostrando que não irão abrir mão dos seus direitos.   Sandra Regina, estilista de 56 anos, acredita que o candidato fará de tudo para que os negros não tenham mais oportunidades, seja para entrar na universidade ou para condições de igualdade nas outras áreas da vida. “Se ele pudesse revogar a lei áurea, ele faria isso com certeza, passaria uma borracha”.    De acordo com declarações feitas pelo candidato do PSL, mulheres não deveriam ganhar o mesmo salário que os homens por engravidarem. O mesmo também afirma que quer diminuir o tempo de licença maternidade, que hoje é de 120 dias (4 meses).    Em entrevista ao Roda Viva, programa na TV Cultura, o candidato do PSL à presidência diz que cotas raciais não são uma resposta à dívida histórica com os negros, citando que nunca escravizou ninguém em sua vida. Em Abril, disse também que os quilombolas não servem para nada, nem para procriar.    Rufina da Costa, 64 anos e aposentada, contou que todos os cidadãos deveriam estar contra o candidato: “ele representa uma ameaça, ele é uma violência a população negra”. Para ela, as falas dele incentivam a violência e o racismo. Por este motivo foi, mesmo sozinha, ao ato mostrar sua indignação.

 

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