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Mulheres negras nos espaços de poder

28 de junho de 2016

Texto: Pedro Borges / Edição de Imagem: Pedro Borges

Atividade é uma cerimônia de posse simbólica para Djamila Ribeiro e Gabriela Vallim

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No dia 29/06, a partir das 19h30, Djamila Ribeiro, Secretária Adjunta de Direitos Humanos, e Gabriela Vallim, Coordenadora de Juventude, participam do debate “Mulheres Negras nos espaços de poder”. A conversa acontece na Galeria Olido, Largo do Paissandú, centro de São Paulo.

O evento coloca em pauta a pequena representatividade que a mulher negra tem no campo político brasileiro. A eleição de 2014 foi a primeira em que os candidatos eleitos declaram sua cor/raça ao Congresso Nacional. Na Câmara Federal, apenas 20% dos deputados se autodeclararam negros. Dos 513 eleitos, 410 deles (79,9%) se declararam brancos. No Senado, dos 27 eleitos, apenas 5 se declararam pretos ou pardos.

Quando o recorte de gênero se soma ao racial, a desigual situação das mulheres negras vem à tona. Se na Câmara Federal apenas 2,2% das deputadas são mulheres negras, no Senado, a representação é inexistente. Em 2014, nenhuma mulher negra foi eleita senadora no país.

 A diversidade de visões e experiências é fundamental para um espaço político mais democrático, de acordo com Djamila Ribeiro. “Importante trazermos nossas experiências e olhares a partir do lugar de onde falamos. A política ainda não representa a diversidade do nosso povo”. Mais do que ocupar, Djamila pensa que é preciso caminhar com ações que modifiquem a realidade. “E é preciso não somente ocupar esses espaços bem como estarmos comprometidas com uma agenda progressista”.

Entrevista de Djamila Ribeiro para o Alma Preta 

Gabriela Vallim ressalta a importância da  juventude negra se ver nestes espaços de poder. “Atualmente a representação de mulheres negras em cargos de decisão ainda não é suficiente, mas o cenário tende a mudar divido às lutas e conquistas diárias. A representatividade faz com que outros jovens negros consigam se enxergar, espelhar e entender que sim você pode chegar lá. Precisamos da presença negra em todos os espaços, nas mídias, na publicidade, na política, enfim, todos lugares”.

Veja a entrevista de Gabriela Vallim ao Alma Preta 

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