PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mulheres negras se reúnem em série de webinários para articular marcha de 2025

Os encontros acontecerão entre abril e julho, com a participação de ativistas e intelectuais brasileiras e estrangeiras engajadas no combate ao racismo e sexismo
Registro da Marcha das Mulheres Negras ocorrida em julho de 2017, na Orla da Praia de Copacabana, o Rio de Janeiro.

Registro da Marcha das Mulheres Negras ocorrida em julho de 2017, na Orla da Praia de Copacabana, o Rio de Janeiro.

— Tânia Rêgo/Agência Brasil

12 de abril de 2025

De abril a julho de 2025, seis webinários gratuitos e abertos ao público irão reunir mulheres negras de diferentes gerações, territórios e campos de atuação para fomentar diálogos e reflexões em torno da Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver. O “Projeto Webinários – 2ª Marcha das Mulheres Negras: Fortalecendo as narrativas, ampliando a incidência!” é uma iniciativa do Comitê Impulsor Nacional da Marcha – que será realizada em novembro de 2025, em Brasília (DF).

Os encontros têm como missão fortalecer o acúmulo político das mulheres negras que organizam a marcha em seus estados e territórios, promovendo diálogos estratégicos sobre temas urgentes para o enfrentamento ao racismo.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

Entre os assuntos que serão abordados nos seis encontros estão: subjetividade e tecnologia na era dos algoritmos; justiça climática e território; sistemas públicos e efetivação de direitos; autonomia econômica e alternativas de sustentabilidade; reparação e perspectivas latino-caribenhas; além de inteligência artificial e ética racial.

A proposta é criar um espaço de formação, articulação e mobilização que reconheça as tecnologias políticas construídas pelas mulheres negras e contribua para fortalecer suas agendas nos mais diversos campos de atuação, reafirmando que não há justiça sem a centralidade das vozes negras.

Os encontros contarão com a participação de referências nacionais e internacionais da luta das mulheres negras, que irão provocar reflexões visando o fortalecimento da incidência política do movimento.

O primeiro encontro acontecerá na próxima terça-feira (15), das 19h às 21h30, com o tema: “Reparação e Sujeitas Políticas: como enfrentar as tiranias das subjetividades impostas pela datacracia e pelos algoritmos?”, e terá como debatedoras Rosane Borges, jornalista, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e professora convidada do Diversitas, da Universidade de São Paulo (USP), e Élida Aquino, coordenadora de comunicação na ONG Criola.

Os encontros serão documentados e sistematizados para embasar a produção de materiais formativos e de um documento político, que serão lançados durante o Julho das Pretas 2025.

Segundo Rosane Borges, “os webinários têm o importante papel de jogar novas lentes reflexivas sobre questões perenes e também colocar em perspectiva temas emergentes que, igualmente, afetam a vida das mulheres. Discutir a dinâmica do capitalismo de cassino hoje é inserir a dimensão da tecnologia e das Big Techs na formação das subjetividades neoliberais. Assuntos que são de extrema urgência para os feminismos negros e todos os movimentos de emancipação”, completou ela.

Inscrições abertas para o primeiro webinário

Os webinários serão transmitidos online, com possibilidade de participação interativa de até 100 pessoas por sessão na sala virtual, além de exibição aberta pelos canais da Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver, no YouTube e Instagram.

As inscrições para o primeiro encontro, que acontecerá dia 15 de abril, já estão abertas e podem ser realizadas via formulário até o dia 14 de abril.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • A Alma Preta é uma agência de notícias e comunicação especializada na temática étnico-racial no Brasil.

Leia mais

PUBLICIDADE

Destaques

Cotidiano