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Município de Guarujá (SP) é condenado no TST por trabalho infantil

Em caso de descumprimento da medida, a cidade será multada diariamente em R$ 20 mil
Imagem mostra um adolescente negro na praia de Guarujá levando uma porção de batata frita aos banhistas.

Imagem mostra um adolescente negro na praia de Guarujá levando uma porção de batata frita aos banhistas.

— Tiago Queiroz

4 de janeiro de 2024

Por determinação da 8ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o município de Guarujá, litoral norte de São Paulo, deverá destinar 1,5% do orçamento para a criação de políticas voltadas à erradicação do trabalho infantil na orla marítima da cidade. A decisão foi tomada ainda em dezembro,  em razão da omissão da cidade no enfrentamento ao problema. 

A partir da destinação da verba, a prefeitura de Guarujá terá o prazo de 180 dias para implementar políticas públicas específicas e em caso de descumprimento da medida, uma multa diária de R$ 20 mil será aplicada e revertida para o Fundo da Criança e do Adolescente Municipal.

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O colegiado ainda determinou que o município tem 90 dias para identificar as crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil, bem como os locais de maior incidência desse tipo de ocorrência, além de realizar campanhas periódicas sobre a conscientização da população para o combate e o desestímulo ao trabalho precoce. 

A decisão é resultado de uma ação civil pública aberta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que alega omissão do município diante de violações de direitos de crianças e adolescentes. Entre as atividades citadas no processo estão o trabalho pesado sob sol intenso em barracas de praia e carrinhos ambulantes, em locais que comercializam bebida alcoólica e em situação de vulnerabilidade para fins de exploração sexual.

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  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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