Ronnie Lessa, policial que atirou na ex-vereadora, mora no mesmo condomínio do atual presidente, Jair Bolsonaro; Élcio Vieira de Queiroz foi o outro preso, acusado por dirigir o carro e dar suporte a Ronnie no crime
Texto / Pedro Borges
Imagem / Divulgação
A Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou uma operação de prisão e apreensão de pessoas e objetos envolvidos no assassinato do motorista Anderson Gomes e da ex-vereadora Marielle Franco, executados em 14 de Março de 2018. Na madrugada do dia 12 de Março, o policial Ronnie Lessa e o ex-militar Élcio Vieira de Queiroz foram presos acusados de atirar na defensora dos direitos humanos e dirigir o carro utilizado no crime, respectivamente.
Em entrevista ao Alma Preta, Anielle Franco, irmã da ex-vereadora, diz que a noticia acalenta a família, mas que ainda é pouco.
“Não é comemorar, tem que chegar no mandante. A gente sabe que foi um crime de ódio, mas foi político também. Realmente não dá para ficar durante tanto tempo sem nem ter pista. Eles tinham que falar com alguém.”, disse.
As investigações seguem com o objetivo de descobrir a mando de quem os dois agentes de segurança executaram a ex-vereadora.
Anielle conta que recebeu uma ligação às 5h da manhã das promotoras que cuidam do caso, em nome do Ministério Público.
“As promotoras do caso, tudo o que elas falaram que ia acontecer, aconteceu. Elas estão dando a palavra delas, ajudando a família. Elas deram a notícia às 5h da manhã e falaram que estão conosco”, afirmou Anielle.
A família participa de uma coletiva de imprensa com o MP às 14h, no Rio de Janeiro.
O objetivo da Operação Lume é o de executar 32 mandatos de busca e apreensão no dia 12 de Março. O nome da investida da polícia faz uma referência ao “Buraco do Lume”, local onde Marielle Franco desenvolvia o projeto “Lume Feminista”.
