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‘Não se trata de justiça, se trata de reparação’: personalidades se pronunciam sobre julgamento de Marielle

Nas redes sociais, políticos e militantes do movimento negro se manifestaram sobre o processo
Manifestantes prestam solidariedade às famílias de Marielle Franco e Anderson Gomes, durante Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).

Foto: Lucas Natal

30 de outubro de 2024

Integrantes de movimentos sociais realizaram, nas primeiras horas desta quarta-feira (30), um ato em homenagem à Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, executados em 2018. O protesto ocorreu em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), onde ocorre o julgamento do caso, seis anos e sete meses após o crime. 

Ronnie Lessa e Élcio de Queroz serão julgados pelo 4º Tribunal do Júri por duplo homicídio triplamente qualificado, um homicídio tentado e pela receptação do veículo utilizado para o assassinato.

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A mobilização se estendeu às redes sociais, nas quais políticos e militantes do movimento negro prestaram homenagens à Marielle e falaram sobre as expectativas do caso.

Anielle Franco, irmã de Marielle e Ministra da Igualdade Racial do Brasil, compareceu ao julgamento ao lado de sua família, que prestou declarações à imprensa pela manhã. Nas redes sociais, Anielle compartilhou imagens do julgamento com os dizeres: “hoje o Brasil e o mundo pedem uma reposta. Seguiremos até o fim!”.

A coordenadora estadual do Movimento Negro Unificado (MNU) e co-deputada da Bancada Feminista do PSOL na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), Simone Nascimento, prestou solidariedade aos familiares e amigos de Marielle.

Negro Belchior, professor de história, co-fundador da Uneafro Brasil e da Coalizão Negra, ressaltou que o crime “marcou a história política do país e nos retirou um dos quadros mais promissores da esquerda e do movimento negro”.

“Não se trata de justiça, se trata de reparação. […] Que a sentença, que deve ser dura, seja um recado para quem precisa desse argumento. Eu, honestamente, mesmo que pessimista, espero que as vidas da nossa juventude preta sejam respeitadas”, pontuou.

Confira mais declarações: 

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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