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Pernambucanos engrossam o caldo do Fora Bolsonaro em mais um ato

Além de ativistas, líderes políticos e de movimentos sociais, grupos de maracatu e bacamarteiros também foram às ruas  contra o atual presidente Jair Bolsonaro; a ação foi marcada por reivindicações por direitos básicos e impeachment

Texto: Lenne Ferreira e Victor Lacerda I Edição: Lenne Ferreira I Imagens: Victor Lacerda/Alma Preta Jornalismo

 

No Recife, centenas de ativistas vão às ruas contra posturas da gestão Bolsonaro

3 de julho de 2021

No Recife, a chuva não impediu que milhares de manifestantes se unissem ao ato nacional #3JForaBolsonaro, que reivindica o impeachment do presidente na manhã desde sábado (3). Uma das principais avenidas da cidade, a Conde da Boa Vista, foi tomada por três longas filas indianas compostas por ativistas de movimentos sociais, parlamentares e lideranças de diversas classes trabalhadoras.

A manifestação começou às 9h, na Praça do Derby, e também foi acompanhada por um trio elétrico, de onde ativistas fizeram discursos que criticavam a negligência do governo federal com a saúde e no enfrentamento à fome durante a pandemia. 

Uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado do Recife, a advogada Vera Baroni também marcou presença no ato #3JForaBolsonaro na manhã deste sábado. Mulher de axé, Vera engrossa as críticas que marcaram a manifestação pacífica. “O presidente não tem o menor escrúpulo ao assassinar, por sua gestão, mas de quinhentas mil pessoas. Isso se dá por falta de uma atitude gestora responsável, conforme o juramento que cada presidente, ao ser eleito, discursa no dia de sua posse. Por isso, estamos nas ruas na crença de que o povo junto e organizado pode fazer justiça e derrubarmos um governo imcopetente que nós temos atualmente”, denuncia em conversa com a Alma Preta Jornalismo.

Os manifestantes carregavam cartazes com frases como “negacionismo mata mais que a COVID”, “o Brasil precisa crescer sem Bolsonaro no poder” e “corrupção durante a pandemia é assassinato”. 

Para o vereador mais jovem da Câmara de Vereadores de Olinda e o primeiro declaradamente LGBTQIA+, Vinicius Castello,  a atual gestão do Governo Federal desenvolve um plano político genocida e que não atende as demandas frente a crise sanitária pela COVID-19. “Já estamos no terceiro ato para reivindicar pelos nossos direitos. Quem está aqui é a classe trabalhadora, o povo preto, pobre, as mães de família, pessoas LGBTIQIA+ e tantas outras. Acredito que são essas pessoas que irão derrubar o governo Bolsonaro, pois somos nós que ocupamos o lugar de negligenciados dia após dia. Por isso, hoje e, mais do que nunca, pedimos fora, Bolsonaro!”, exclama o parlamentar.

Leia também: Ação truculenta da PM de Pernambuco faz feridos e detidos em ato Fora Bolsonaro

O ativista e acelerador cultural Pedro Stilo aponta problemas que atingem à população mais pobre como a falta de alimentação e renda. “Nós estamos pedindo algo básico, que é comida no prato e vacina no braço. Se a gestão tivesse comprado as vacinas, menos pessoas estariam sem vida. É muita corrupção envolvida na gestão, inclusive no processo de comprar dessas vacinas. Estamos nas ruas por não aceitarmos isso. Pedimos fora, bolsonaro!”, declara Stilo. 

O fim do ato foi marcado por ação realizada pela Sociedade dos Bacamarteiros do Cabo de Santo Agostinho – Patrimônio Vivo de Pernambuco, título conquistado em 2017 -, que em protesto, fizeram alguns disparos de pólvora seca no encontro da Rua da Aurora e a Avenida Conde da Boa Vista, no centro da capital. 

Do último ato até hoje, mais de 20 milhões de pessoas entraram na estatística das vítimas da Covid-19 no Brasil. Os últimos escândalos de corrupção envolvendo o governo Bolsonaro motivaram a reação nacional que também acontece em todo país e segue em outras cidades na tarde deste sábado. 

 

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