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No STF, Major Ronald contesta acusação no caso Marielle

Defesa argumenta falta de competência do STF para julgar o caso e contesta evidências apresentadas pela PGR
Imagem de Major Ronald, ex-policial militar acusado de estar envolvido no assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes.

Foto: Reprodução

13 de junho de 2024

O ex-policial militar do Rio de Janeiro Ronald Alves de Paula, conhecido como Major Ronald, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) dados telemáticos para contestar sua participação nos homicídios da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes.

Major Ronald, que já cumpre pena por homicídio e ocultação de cadáver, foi alvo de mandado de prisão preventiva emitido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, em maio. A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o policial pelas mortes de Marielle e Anderson Gomes, juntamente com outras figuras, incluindo o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido) e seu irmão Domingos Brazão.

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Em resposta à acusação, a defesa de Major Ronald, liderada pelo advogado Igor de Carvalho, argumentou que o processo não deve correr no STF, pois ele não possui foro por prerrogativa de função. Além disso, contestou os dados de geolocalização apresentados como prova, argumentando que são falhos e não comprovam a participação do PM no crime.

A defesa apresentou documentos e fotos que indicam a presença de Major Ronald em outros locais nos momentos em que supostamente estaria monitorando Marielle. Em relação ao dia do homicídio, a defesa afirma que Ronald estava em um curso de formação na Ilha do Governador, sem passar pelos locais por onde Marielle transitou.

O caso, que agora aguarda julgamento pela 1ª Turma do Supremo, ganhou destaque após o acordo de delação premiada celebrado pelo ex-policial militar Ronnie Lessa, que confessou a execução do crime e apontou os irmãos Brazão como mandantes.

A defesa de Major Ronald busca desqualificar as acusações e demonstrar sua ausência nos locais dos eventos, lançando dúvidas sobre as evidências apresentadas. O desfecho do caso aguarda as deliberações do tribunal.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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