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“Para a Mangueira, a família da Marielle é a ex-companheira e o pessoal do partido”, diz pai da ex-vereadora

6 de março de 2019

Ao Alma Preta, família criticou a escola vencedora do carnaval; “Nós não tivemos participação nenhuma”, diz pai de Marielle

Texto / Simone Freire
Imagem / Getty Images

Vencedora do carnaval 2019 no Rio de Janeiro, a escola de samba Primeira Estação Mangueira levou para o sambódromo da Sapucaí um enredo crítico à história “oficial” do Brasil.

A escola desfilou no início da manhã de terça-feira (4) e propôs recontar a trajetória histórica do país, desconstruindo os heróis emoldurados e evidenciou a luta e resistência do povo negro e indígena brasileiro com as trajetórias de mulheres negras como Acotirene, matriarca do Quilombo dos Palmares, e Adelina Charuteira, da campanha contra a escravidão no Maranhão.

Entre as mulheres negras homenageadas pela escola esteve a ex-vereadora Marielle Franco, assassinada em 14 de março, no Rio de Janeiro (RJ). Com menção aos “heróis dos barracões” como Leci Brandão e Jamelão, o samba-enredo exaltou o legado deixado pela parlamentar: “Brasil, chegou a vez / De ouvir as Marias, Mahins, Marielles, malês”.

O desfile da Mangueira contou com a presença da viúva da vereadora, Mônica Benício, que desfilou na última ala da escola. Já a família de Marielle, desfilou na escola de samba Vila Isabel.

Segundo o pai de Marielle, Antonio Francisco da Silva Neto, em nenhum momento a família recebeu qualquer convite para participar do desfile da verde e rosa.

“O nome da Marielle consta nos samba enredo da Mangueira, mas ninguém da Mangueira veio falar com a família de Marielle. Para o pessoal da Mangueira, a família da Marielle é a ex-companheira e o pessoal do partido [Psol] porque nós não fomos a nenhum ensaio da Mangueira. Nós não tivemos participação nenhuma, ninguém nos procurou”, disse.

Ao jornal Extra, Leandro Vieira, carnavalesco da Mangueira, afirmou que o fato da Vila Isabel ter chamado primeiro os familiares da parlamentar para seu desfile impediu que a Mangueira fizesse um novo convite, já que a convocação poderia gerar desconforto entre as agremiações.

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