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Pesquisa analisa cobertura da Folha de São Paulo sobre massacres em presídios no início do ano

7 de novembro de 2017

Realizada por três organizações diferentes, o texto apresenta um balanço da abordagem jornalística do portal em relação às tragédias ocorridas em Manaus (AM), Boa Vista (RR), e Natal (RN) no início do ano, que foi descrito pelo jornal como o “Massacre em Presídios”.

Texto / Pedro Borges e Solon Neto
Imagem / Divulgação

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No dia 16 de novembro, na abertura do seminário “Fronteiras Raciais do Genocídio: Brasil, 130 da abolição inconclusa reatualizada na Guerra às Drogas”, ocorre o lançamento de uma pesquisa sobre a cobertura realizada pelo jornal “Folha de São Paulo” acerca da crise do sistema carcerário. O debate ocorre das 19h às 22h, no Teatro Cia Pessoal do Faroeste, na Rua do Triunfo, 301, Luz.

A análise diz respeito à abordagem do veículo de mídia sobre os diversos eventos violentos ocorridos em presídios do Norte e Nordeste do Brasil em janeiro de 2017, quando 119 homens foram assassinados durante rebeliões em presídios de Manaus (MA), Boa Vista (RR), e Natal (RN).

A pesquisa será apresentada através de um debate mediado por Dina Alves, doutoranda em direito criminal, e contará com a participação de Andrea James, integrante da Comissão de Saúde Pública de Boston da Divisão de Prevenção à Violência, Pedro Borges, INNPD e Alma Preta, Dennis de Oliveira, chefe do departamento de jornalismo da ECA-USP, e Junião Junior, da Ponte Jornalismo.

O material aponta para uma utilização desproporcional de fontes oficiais por parte da Folha de São Paulo. Representantes do Estado e dos governos federais e estaduais foram os mais ouvidos pelo jornal durante a cobertura, enquanto pesquisadores e os movimentos sociais pouco foram recordados durante os eventos.

A partir da cobertura, os pesquisadores avaliaram o olhar do veículo de comunicação sobre o racismo no país, na medida em que a maior parte dos detentos no Brasil, e em especial nas regiões Norte e Nordeste, são negros. 67% dos presos no Brasil são negros, dados que variam de acordo com as regiões do país. Em estados como o Acre, Bahia e o Amapá, esses números passam dos 80%. Os dados são do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen).

O estudo foi feito pela Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Drogas (INNPD), o Centro de Estudos Latino Americanos sobre Cultura e Comunicação (CELACC-USP), a Ponte Jornalismo, e contou com a parceria do Alma Preta.

O evento é gratuito e será realizado no no Teatro Cia Pessoal do Faroeste, na Rua do Triunfo, 301, Luz. As demais atividades do seminário “Fronteiras Raciais do Genocídio: Brasil, 130 da abolição inconclusa reatualizada na Guerra às Drogas” acontecem nos dias 17 e 18 de Novembro, no mesmo local.

Serviço:

Evento: Lançamento da Pesquisa sobre a Cobertura da Folha de S. Paulo acerca da crise do Sistema Carcerário no início do ano de 2017, durante o seminário “Fronteiras Raciais do Genocídio”Brasil,130 da abolição inconclusa reatualizada na Guerra às Drogas”.
Participantes: Andrea James, integrante da Comissão de Saúde Pública de Boston da Divisão de Prevenção à Violência,, Dennis de Oliveira (Chefe do Departamento de Jornalismo da USP); Pedro Borges (INNPD e Alma Preta); Junião Junior (Ponte Jornalismo). Mediação: Dina Alves (Doutoranda em Direito Penal).
Data: 16/11
Horário: 19h às 22h.
Local: Teatro Cia Pessoal do Faroeste
Endereço: Rua do Triunfo, 301, Luz.

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