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Pesquisa nacional analisa trajetórias de cotistas negros e indígenas

13 de dezembro de 2017

Conheça e participe da pesquisa Trajetórias de Cotistas, articulada por pesquisadores negros de diversas universidades federais brasileiras de todo o território.

Texto / Divulgação
Imagem / Camila Souza/GOVBA

Muito se tem produzido acerca do impacto da presença de cotistas nas universidades, com especial atenção para pesquisas sobre rendimento, evasão e excelência, mas agora precisamos pensar a importância do impacto das Cotas na vida cotidiana, comunitária, nos dilemas e desafios da presença negra e indígena no universo acadêmico e fora dele.

Ao longo da última década, inúmeras experiências de ações afirmativas têm sido colocadas em prática em diferentes instituições de ensino superior no Brasil. Concomitantemente, temos verificado uma crescente produção bibliográfica sobre tais experiências, que nos ajudam a compreender as dimensões concretas da implementação das Ações Afirmativas no Brasil, bem como os impactos pedagógicos, políticos e administrativos que o ingresso de um novo perfil de estudantes tem provocado no interior destas instituições.

A presente pesquisa se insere neste contexto e tem como objetivo central avaliar o impacto das ações afirmativas na trajetória acadêmica e profissional de estudantes negros(as) e indígenas egressos das políticas de reserva de vagas, bem como discutir os principais desdobramentos destas políticas no âmbito acadêmico brasileiro, com ênfase nos aspectos positivos e nas potencialidades de políticas, programas e experiências de Ações Afirmativas. Propõe-se uma reflexão sobre os principais impactos destas políticas nas trajetórias acadêmicas e profissionais de estudantes que tiveram acesso a alguma das diferentes modalidades de Ações Afirmativas no ensino superior.

O Programa Ações Afirmativas da UFMG está organizando a Pesquisa Trajetórias de Cotistas financiada pelo Ministério da Educação e realizada por uma rede de universidades constituída, além da própria Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pelas universidades federais do Amapá (UNIFAP), do Rio Grande do Norte (UFRN), do Recôncavo da Bahia (UFRB), de São Carlos (UFSCar), de Santa Catarina (UFSC) e pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), sob a coordenação de uma ampla equipe de pesquisadores e pesquisadoras negros/as.

A pesquisa tem como objetivo contribuir com as iniciativas de acompanhamento e avaliação do desenvolvimento das políticas de ações afirmativas em vigor nas instituições de educação superior; verificar como tem sido a inserção dos estudantes negros e indígenas egressos das ações afirmativas no mundo do trabalho e na pós-graduação e possibilitar a troca de experiências entre as universidades que se encontram em momentos distintos do processo de implementação das políticas de ação afirmativa.

A progressiva ampliação de estudos e análises sobre a nova realidade do ensino superior brasileiro, considerando o novo grupo de estudantes incluídos por meio das políticas de democratização ou ampliação do ensino superior, tem permitido a alguns pesquisadores (e poderiam permitir ao campo científico de modo mais abrangente), conhecer um pouco mais sobre as condições materiais destes novos estudantes, as estratégias utilizadas por eles no enfrentamento de possíveis dificuldades e sobre as (novas) relações sociais no interior das comunidades acadêmicas após a entrada deste novo público. Adicionalmente, o ingresso de um novo “tipo” de estudante, marcado por diferentes experiências de vida, pode se configurar em uma excelente oportunidade para, entre outras coisas, revisar e ampliar teorias e conteúdos estabelecidos e naturalizados por inúmeras disciplinas e inúmeros cursos.

Assim, além de compreender as modificações nas estruturas acadêmicas provocadas pela implementação de Políticas de Ações Afirmativas em universidades federais e estaduais brasileiras, a pesquisa Trajetórias de Pesquisa também almeja conhecer as experiências acadêmicas e profissionais de estudantes negros e cotistas, bem como os impactos de suas experiências acadêmicas em suas famílias, comunidades e redes de amigos.

Se você é negro ou indígena e ingressou na universidade por meio de reservas de vagas (cotas) participe desta pesquisa!

Se conhece algum(a) estudante negro(a) ou indígena que ingressou na universidade por meio de reservas de vagas (cotas) fale com eles sobre esta pesquisa!

Formulário da Pesquisa Trajetórias de Cotistas, disponível aqui.

Para obter mais informações:

Facebook: https://www.facebook.com/PesquisaTrajetoriasCotistas/
Site: http://www.acoesafirmativasufmg.org/
E-mail: [email protected]

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