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PM aposentado que baleou universitário negro no Rio vira réu

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) aceitou a denúncia de homicídio qualificado apresentada pelo Ministério Público contra o PM
O estudante Igor Melo.

O estudante Igor Melo.

— Reprodução / Instagram

16 de maio de 2025

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) acatou a denúncia contra o PM reformado Carlos Alberto de Jesus por atirar no estudante de jornalismo Igor Melo de Carvalho e o motociclista de aplicativo Thiago Marques Gonçalves, no dia 23 de fevereiro.

O caso aconteceu na Zona Norte da capital fluminense, quando Igor Melo retornava do trabalho na garupa de um mototaxista, solicitado por aplicativo de transporte. No caminho, ele teria percebido que o veículo estava sendo seguido por alguém. O jovem foi baleado minutos depois e caiu no chão ferido.

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Na delegacia, o PM aposentado alegou que efetuou os disparos porque sua mulher apontou a vítima como o suposto assaltante que teria roubado seu celular. O estudante perdeu um rim em decorrência dos disparos e, mesmo ferido, foi mantido sob custódia no Hospital Getúlio Vargas. À época, Thiago Marques também foi preso.

As duas vítimas foram soltas dois dias após a prisão e a acusação de roubo foi arquivada após a Justiça comprovar que eles estavam trabalhando na hora do ocorrido.

A Justiça do Rio acatou a denúncia de tentativa de homicídio qualificado  apresentada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). A esposa do agente, Josilene da Silva Souza, foi denunciada por falso testemunho.

A prisão do PM também foi solicitada pelo órgão na denúncia, mas foi negada pela 1ª Vara Criminal da Capital do TJRJ. 

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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