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Polícia Civil investiga PMs acusados de estuprar jovem; câmeras corporais estavam desligadas

Segundo apuração do jornal O Globo, os dois policiais militares acusados de estuprar uma jovem retiraram as câmeras corporais dos uniformes
Foto mostra policiais militares segurando metralhadoras.

Foto mostra policiais militares segurando metralhadoras.

— Reprodução/Secretaria de Segurança Pública de São Paulo

5 de março de 2025

Nesta quarta-feira (5), a Polícia Civil de São Paulo instaurou um inquérito contra os policiais militares James Santana Gomes e Léo Felipe Aquino da Silva, acusados de estuprar uma jovem foliã de 20 anos durante a madrugada do domingo de Carnaval, em Diadema (SP).

Santana e Aquino são, respectivamente, cabo e soldado do 24º Batalhão de Polícia Militar, na região metropolitana de São Paulo. A mulher teria sido vítima de abuso sexual dentro da viatura após pedir auxílio aos dois agentes depois de um bloco carnavalesco.

Segundo a denúncia, os agentes estavam sob efeito de álcool durante o expediente e carregavam garrafas de bebida consigo. Familiares ainda acusam os PMs de abandonar a jovem sem calçados ou pertences, incluindo o celular. A vítima foi encontrada por um familiar horas depois em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no centro da capital paulista.

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De acordo com o jornal O Globo, os dois agentes retiraram as câmeras corporais dos uniformes cerca de uma hora antes do acontecido. Quando não são acionadas, as atuais câmeras utilizadas pela Polícia Militar não realizam captação de som ambiente, o que compromete as investigações.

Tanto a vítima quanto os policiais realizaram exames de corpo de delito. Os agentes também fizeram exames para detectar o nível alcoólico no sangue. Nenhum dos resultados foram divulgados até o momento.

A Justiça Militar determinou, na terça-feira (4), a prisão preventiva dos dois policiais por “abandono de posto” e “descumprimento de missão”, uma vez que deixam a área de patrulha sem autorização ou motivo justificado. Os PMs estão detidos no Presídio Militar Romão Gomes (PMRG).

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), as acusações de estupro estão sendo apuradas.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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