PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Pesquisar
Close this search box.

Polícia não identifica assassinos de jornalista autor de livro sobre Marielle

Leuvis Manuel Olivero foi executado no dia 10 de outubro, no Rio de Janeiro;  o jornalista e escritor publicou 11 livros, um deles sobre as pixações anti-bolsonaristas e outro sobre a vereadora carioca assassinada em 2018

Texto: Juca Guimarães I Edição: Nataly Simões I Imagem: Reprodução

jornalista Leuvis Olivero foi executado a tiros no RJ

20 de outubro de 2021

A Polícia Civil procura pistas dos ocupantes de uma HB20 que atiram no escritor e jornalista negro Leuvis Manuel Olivero, 38 anos, por volta das 19h de 10 de outubro no bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. A vítima foi atingida diversas vezes e morreu. Os atiradores fugiram.

Passados 10 dias, a Polícia Civil não divulgou nenhuma informação sobre o caso e não foi feita nenhuma postagem nas redes sociais do Disque-Denúncia para pedir que testemunhas do crime colaborem com informações. Leuvis foi morto na rua Baltazar Lisboa.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

“Essa falta de movimentação tantos dias após o crime dão uma tristeza muito grande”, afirma o advogado DJeff Amadeus, coordenador do IDPN (Instituto de Defesa da População Negra), em entrevista à Alma Preta Jornalismo.

Leuvis publicou livros sobre Marielle Franco e Bolsonaro

O escritor lançou em 2020 o livro “Memória Viva” sobre a vida de Marielle Franco,  assassinada em 2018. A vereadora tinha a mesma idade de Leuvis, 38 anos, quando foi executada a tiros, junto com o motorista Anderson Gomes, no bairro do Estácio, no centro do Rio.

Com cidadania americana, Leuvis Olivero nasceu na República Dominicana, no Caribe, e morava há cerca de 10 anos no Brasil. O escritor lançou outros 10 livros ao longo de sua trajetória, entre eles  “Enquanto o Ódio Governava, a Rua Falava” sobre pixações e grafites nas ruas do Rio de Janeiro e contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Este livro é uma extensão da exploração contínua do projeto Aerosol Carioca das culturas de graffiti e vandalismo carioca. Sua intenção é clara: servir de voz e de resistência visual à violência e ao ódio que o Brasil vive hoje”, diz um trecho do texto de apresentação da obra, que foi lançada, em novembro de 2020, pela editora Câmara Brasileira do Livro. 

O jornalista frequentava a cena do grafite e das intervenções urbanas. Em abril deste ano, Leuvis lançou também de forma independente o livro “3.085 dias e contagem”, onde registrou as notas diárias que fez sobre os primeiros nove anos de vida da filha Sophia, que agora ficou órfã por parte de pai.

Leia também: Justiça aceita denúncia contra dois policiais envolvidos na chacina de Jacarezinho

Leia Mais

PUBLICIDADE

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano