A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) usará o monitoramento com reconhecimento facial na orla e no sambódromo, durante os dias de carnaval. Trens e metrôs também serão monitorados com a tecnologia, segundo o anúncio do governador Cláudio Castro nesta terça-feira (6).
As imagens coletadas serão transmitidas em tempo real para o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). O plano de patrulhamento do estado contará com um corpo policial de 12.100 agentes alocados para os dias de folia.
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O governador também anunciou pontos de interceptação e revista com detectores de metais, patrulhamento com drones, e um posto avançado na Marquês de Sapucaí. Seis torres de observação serão instaladas na Avenida Presidente Vargas.
A ferramenta de reconhecimento facial, no entanto, já foi alvo de mobilizações pelo banimento do uso. Órgãos da sociedade civil alegam que o seu uso é um fator de risco devido a possíveis falhas no sistema. A preocupação é que sua utilização intensifique o racismo institucional presente no país.
A discussão já foi pautada em audiência pública em 2022, no Recife (PE), onde foi destacado a possibilidade da contribuição do dispositivo para o encarceramento em massa de pessoas negras. A ocasião teve a presença de vereadores como Ivan Moraes (PSOL-PE), Cida Pedrosa (PCdoB-PE), Liana Cirne (PT-PE) e Dani Portela (PSOL-PE).