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Preso pela morte de Marielle, Chiquinho Brazão pede ‘prisão domiciliar humanitária’ ao STF

A defesa de Chiquinho Brazão alega que o parlamentar perdeu mais de 20 quilos na cadeia por problemas de saúde
O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido)

O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido)

— Reprodução / Agência Câmara

3 de abril de 2025

A defesa do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido), preso desde 24 de março pelos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a concessão de prisão domiciliar humanitária para o parlamentar, sob alegação de “risco elevado de morte” por problemas de saúde. 

Atualmente, Brazão está preso em regime fechado no Presídio Federal de Campo Grande, acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de encomendar a morte da vereadora. O parlamentar foi apontado como mandante por Ronnie Lexa, ex-policial e executor confesso de Marielle. Mesmo detido, o deputado ainda não perdeu o mandato. 

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Na solicitação enviada ao ministro relator do inquérito, Alexandre de Moraes, os quatro advogados que representam o parlamentar destacam que o réu é portador de cardiopatia grave. 

A condição teria sido constatada pelos médicos da prisão devido a episódios de angina, dor no peito causada pelo baixo fluxo de sangue para o coração. Para a defesa, os cuidados médicos disponíveis no presídio são insuficientes para garantir a saúde do acusado.

Segundo o documento, Chiquinho Brazão teria perdido mais de 20 quilos desde que foi preso. Além disso, ele teria desenvolvido insuficiência renal em decorrência do descontrole da pressão arterial e da diabetes.

“Não se desconhece que a concessão de regime domiciliar é excepcional, contudo, no presente caso, como ficou demonstrado, o postulante é portador de doenças graves que estão nitidamente fora de controle, de modo que é muito elevado o risco de eventos cardíacos graves, de perda súbita da capacidade renal e de morte”, diz trecho do pedido.

De acordo com os advogados, o deputado foi submetido a um cateterismo e a uma cirurgia para a instalação de um stent, dispositivo usado para restaurar o fluxo sanguíneo. 

Alexandre de Moraes já recusou um pedido de soltura anterior, que também teve parecer desfavorável da PGR. Na época, a Procuradoria-Geral da República declarou que o acusado pode obter tratamento médico adequado na prisão onde está detido.

O pedido de prisão domiciliar será avaliado por Moraes, que decidirá se acata ou recusa a apelação. O ministro ainda não se manifestou sobre o tema.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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