Neste mês de setembro, oito doutorandos indígenas do Brasil embarcarão para a França em um intercâmbio que terá duração de seis a dez meses. Esses estudantes pertencem a diversas etnias, incluindo dois guarani (nhãndeva e kaiowá), dois terenas, além de representantes dos povos pipipã, xokleng, trumai e tupinambá de Olivença. Essa iniciativa faz parte do programa Guatá, conforme informações da Agência Brasil.
O programa Guatá é uma iniciativa do governo francês em colaboração com universidades brasileiras, que oferece bolsas de intercâmbio em instituições de ensino superior na França para doutorandos indígenas. Lançado em 2023, o programa já enviou quatro alunos indígenas para o intercâmbio, o que envolveu, no primeiro momento, cinco universidades. Neste ano, 11 universidades brasileiras participaram do processo seletivo, o que resultou na seleção de oito alunos.
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Os estudantes contarão com o suporte de um professor supervisor que fala português ou espanhol, que os acompanhará durante a estadia na França. Além de receberem passagens aéreas, os indígenas terão uma bolsa mensal – paga em euro – enquanto estiverem no programa. Para facilitar a adaptação ao francês, o Guatá recomenda que as universidades brasileiras ofereçam um curso básico do idioma antes da viagem. Ao chegarem à França, os alunos indígenas poderão participar de aulas de francês oferecidas pelas instituições locais.
O termo Guatá, ou “gwata” na língua guarani, significa, entre outras coisas, viajar ou se movimentar. Tendo em vista que as viagens entre os indígenas brasileiros eram realizadas a pé, o que faz com que o termo também possa ser interpretado como “andar” ou “caminhar”.