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Projeto “Ancestralidade e Novas Narrativas” lança mostra virtual produzida por jovens negros

Mostra reúne mais de 30 obras produzidas através de oficinas com jovens negros e moradores de áreas periféricas da Bahia que produziram peças de cerâmica e esteiras de palha com signos que representam os orixás do Candomblé

Texto: Da Redação | Foto: Reprodução/Instagram Coletivo Ibomin

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9 de julho de 2021

Tradição e contemporaneidade. Essas são as palavras que definem a Mostra virtual do projeto “Ancestralidade e Novas Narrativas”, que aborda as simbologias do candomblé por meio de produções com grafite produzidos por jovens negros e negras, periféricos e pertencentes a alguma religião de matriz africana. Clique aqui para conferir a mostra no site do projeto.

Criado em 2017, o projeto está na terceira edição e é uma iniciativa do Coletivo Cultural Ibomin, que oferece atividades teóricas e práticas para que os alunos tenham acesso à estética do grafite com aulas sobre a linguagem visual da arte, oficinas e rodas de conversa com sacerdotes e sacerdotisas de terreiros de candomblé que dialogam sobre as simbologias e tradições da religião. Após todo o processo, os alunos colocam a mão na massa e criam as suas obras.

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Ao todo, a mostra reúne mais de 30 obras realizadas em objetos de cerâmica e esteiras de palha com signos que representam os orixás do candomblé. No site da Mostra, os alunos ressaltam a importância do projeto para derrubar paradigmas a respeito do candomblé.

“Ganhei conhecimento em uma área que não tinha muito acesso, coisa que eu posso usar no dia a dia e praticar em casa. Também achei muito incentivados a mudança de pensamentos negativos, de coisas que as pessoas criaram a respeito da religião. Uma libertação e expressão da religião, incentivando a arte por conta das histórias dos orixás, das ferramentas”, diz um dos participantes, Robson Siqueira, de 23 anos, que é candomblecista.

Grafite mostra virtualMostra reúne mais de 30 obras realizadas em objetos de cerâmica e esteiras de palha | Foto: Divulgação

Nesta terceira edição, o projeto contou com as participações dos artistas Tárcio V e Samuca, que atuam com artes plásticas e grafite, e com Odalice do Carmo, Yalorixá do Ilê Axé Odé Yeyê Ibomin, localizado no bairro de Portão, em Lauro de Freitas, cidade localizada na região Metropolitana de Salvador.

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