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Projeto no Ceará promove a preservação da cultura alimentar de comunidades indígenas

Técnicas, conhecimentos e variedades agrícolas indígenas serão coletadas e registradas em ação que valoriza a cultura dessa população no estado
A imagem mostra uma roda de pessoas indígenas, no Ceará.

Foto: Acervo SDA/Reprodução

4 de fevereiro de 2024

A Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) do Ceará, através do Projeto São José, iniciou o levantamento da cultura alimentar de povos indígenas. A ação, segundo nota do governo cearense, visa fortalecer, promover e preservar a biodiversidade e a cultura alimentar das comunidades indígenas do estado.

O projeto teve início com uma reunião virtual, dando as boas-vindas às cinco comunidades indígenas participantes do inventário alimentar. Essa iniciativa é realizada em parceria com a Associação Slow Food do Brasil.

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A primeira etapa envolveu uma roda de conversa entre representantes das comunidades indígenas e equipes técnicas do Projeto São José, Projeto Paulo Freire e da Associação Slow Food do Brasil. Eleniza Tabajara, cacique do povo Tabajara do Sertão dos Inhamuns, que participou do primeiro inventário, destacou a importância da ação para seu povo e outras etnias do Ceará, ressaltando a relevância de preservar práticas alimentares, medicina tradicional e ancestral.

“Para a gente que vive em pleno sertão, esse inventário vem nos mostrar para o nosso o povo Tabajara, com a participação do próprio povo, das licenças, troncos velhos, agricultores, mulheres e jovens. Reconhecemos as práticas dos povos indígenas, a alimentar, a medicina tradicional e ancestral“, disse Elenize em nota pública.

A listagem da cultura alimentar dos povos indígenas do Ceará atuará junto a cinco comunidades indígenas beneficiárias de projetos de inclusão econômica sustentável. As atividades incluem planejamento participativo, catálogo participativo da cultura alimentar Slow Food e a elaboração do Plano de Ação para Salvaguarda dos Bens Naturais e da Cultura Alimentar.

Durante o levantamento, serão coletados e registrados conhecimentos, técnicas, variedades agrícolas, receitas culinárias, celebrações e práticas medicinais. O processo será adaptado às realidades de cada comunidade, iniciando com entrevistas estruturadas e formação sobre patrimônio imaterial e comunicação popular. A ação, segundo o governo do Ceará, representa um passo significativo na preservação e valorização da cultura alimentar indígena no estado.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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