Criado pela equipe da Observatória dos Direitos e Cidadania da Mulher, o Zap das Domésticas tem como objetivo divulgar informações e curiosidades sobre os direitos trabalhistas das mulheres domésticas, através do WhatsApp
Texto / Anna Laura Moura
Imagem / Thinkstock
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A equipe que forma a Observatória dos Direitos e Cidadania da Mulher criou o ‘Zap das Domésticas’, projeto social que visa compartilhar informação sobre os direitos trabalhistas das trabalhadoras domésticas. Se você é babá, cuidadora, diarista ou empregada, basta inscrever-se na plataforma criada pelo grupo para receber dicas, dados e notícias através do seu número.
A iniciativa beneficia principalmente as mulheres negras, que compõem maioria das trabalhadoras domésticas do Brasil. Na região metropolitana, por exemplo, os dados são gritantes: de acordo com a pesquisa Trabalho Doméstico na Região Metropolitana de São Paulo, feita em 2017 pelo Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), 52,9% das empregadas domésticas são negras.
Por que o WhatsApp?
Andreza Delgado, que trabalha na Observatória dos Direitos e Cidadania da Mulher, afirma que a rede social é mais acessível que outras. “Elas não acessam muito o Facebook, e por conta dos patrões e patroas não permitirem usar a senha do wi-fi residencial, elas usam o pacote de rede onde o WhatsApp é de graça”, explica.
Outros motivos pelos quais o WhatsApp é amplamente usado por empregadas domésticas dizem respeito à dificuldade para imprimir o guia das domésticas e à possibilidade para alcançar todas as mulheres que precisam. No fim das contas, a rede social torna-se mais versátil para as profissionais.
De acordo com Andreza, os patrões estão cientes dos seus direitos como chefes, mas as funcionárias pouco sabem a respeito da legislação vigente.
“Queremos promover o debate de forma que alcance à todas. Todos os trabalhos relacionados aos direitos estão disponíveis somente aos patrões. Precisamos trazer mais informação sobre os direitos trabalhistas, para que elas se sintam protegidas e saibam como recorrer caso aconteça algo”, conclui.
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