Na segunda-feira (12), moradores de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, denunciaram um caso de violência policial ocorrido durante o protesto pela morte do jovem de 19 anos, morto a tiros após ser abordado por policiais militares no último final de semana.
Nicolas Alexandre Pereira dos Santos de Oliveira foi morto no dia 10 de maio, durante uma operação deflagrada pela Polícia Militar de São Paulo (PMSP). A Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) alega que os policiais dispararam após a vítima resistir à abordagem. O jovem foi morto com tiros de pistola e fuzis na mão esquerda, braço direito, cintura e perna esquerda.
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Em resposta, a população de Paraisópolis realizou uma grande manifestação, que bloqueou trechos da Avenida Hebe Camargo, próxima à comunidade, com barricadas.
O protesto durou cerca de quatro horas e houve repressão de policiais do Batalhão de Choque, que utilizaram bombas de efeito moral e balas de borracha para conter o ato. O Helicóptero Águia da PM acompanhou a operação.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um grupo, com cerca de três policiais, agredindo uma pessoa caída no chão, com cassetetes. As agressões continuam até que um quarto agente se aproxima e manda a vítima ir embora aos gritos.
A Alma Preta tentou contato com a SSP pedindo informações sobre a abordagem dos quatro policiais e sobre a utilização de câmeras por eles, mas não obteve resposta até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.