Douglas Belchior, da Uneafro, questionou o papel dos negros no governo petista durante o encontro de lideranças da periferia com o Lula neste sábado (25). Cerca de 50 pessoas se reuniram na Casa de Portugal, na Avenida Liberdade, centro de São Paulo, seguindo as medidas de segurança contra a COVID-19, para uma conversa com o ex-presidente acerca de assuntos e demandas referentes à população da periferia e negra.
O encontro teve início às 10 horas da manhã com previsão de término às 12 horas, horário marcado para o início de uma coletiva de imprensa das mídias negras e de periferia com o ex-presidente. Na mesa de conversa estiveram presentes Douglas Belchior, da Uneafro; Dona Edith, do Sarau da Cooperifa; Gleisi Hoffmann, presidenta do Partido dos Trabalhadores (PT); os políticos Lula e Haddad; Jaqueline Lima Santos, do Reconexão Periferia e Claudinho Silva, da Conen.
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“É um encontro de Lideranças de Periferia de São Paulo com Lula, num contexto em que, nunca foi tão importante a sociedade civil estar mobilizada para a gente superar esse momento e dialogar com as lideranças políticas que, no caso do Lula, efetivamente vai ser aquele que irá enfrentar o bolsonarismo e, com nosso apoio, terá condições de derrotar ele (Bolsonaro) numa eleição, vai ter condições de nos ajudar a superar essa tempestade que o país está vivendo”, disse Douglas Belchior em entrevista à Alma Preta Jornalismo.
Tamires Gomes Sampaio, diretora do Instituto Lula, pontuou que o ex-presidente Lula construiu uma série de políticas públicas que transformaram a vida da periferia e que agora, no governo de Bolsonaro, vêm sendo desmontadas. “É fundamental ter esse encontro agora, porque vai ser um encontro de uma galera que não está só pautando reivindicações, mas também está colocando o que constrói no dia a dia. O presidente Lula precisa absorver o que a periferia está produzindo, precisa absorver o que os movimentos periféricos estão já construindo nesses espaços”, afirma.
Em apresentação, mediada por Jaqueline, o PT afirmou que a ideia é se reconectar com as periferias, onde já estiveram conectados, sobretudo nos anos 80. Organizações diversas, entre elas quilombolas, religiões de matriz africana, indígenas e a marcha das mulheres negras tiveram 3 minutos de fala cada. No total, 20 delas foram feitas.
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