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Quem é o doutor Tedros, primeiro africano a liderar a Organização Mundial da Saúde?

Doutor em Saúde Pública, mestre em Imunologia de Doenças Infecciosas e graduado em Biologia, Tedros Adhanom Ghebreyesus já foi ministro das Relações Exteriores e da Saúde na Etiópia, segundo país mais populoso do continente africano

9 de abril de 2020

Desde que a pandemia do Covid-19, o novo coronavírus, atingiu o mundo inteiro transformando a realidade da população de mais de 170 países, o rosto de Tedros Adhanom Ghebreyesus ficou conhecido nos noticiários. O líder da Organização Mundial da Saúde (OMS) é o primeiro homem de origem africana a chefiar o órgão vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU).

Doutor em Saúde Pública pela Universidade de Nottingham, no Reino Unido, mestre em Imunologia de Doenças Infecciosas pela Universidade de Londres e graduado em Biologia, Tedros Adhanom Ghebreyesus, de 55 anos, nasceu em Asmarra, capital do Eritreia, país que até 1991 era parte da Etiópia.

O doutor Tedros, como é conhecido, venceu a eleição para o cargo de diretor-geral da OMS em maio de 2017, para um mandato de cinco anos, com 133 votos dos 185 Estados-membros habilitados a votar, incluindo o governo brasileiro. Uma de suas principais promessas era dar mais atenção e recursos para países em desenvolvimento.

“Existe um valor real em eleger um líder que trabalhou em um dos ambientes mais difíceis e trazer um ângulo que o mundo nunca viu antes”, afirmou, em seu discurso após eleito, em referência à sua atuação como ministro das Relações Exteriores da Etiópia – de 2012 a 2016 – e como ministro da Saúde – de 2005 a 2012.

No dia 7 de abril, em que é comemorado o Dia Mundial da Saúde, o líder da OMS ressaltou, em sua conta no Twitter, o compromisso com os países e parabenizou os profissionais da que estão na linha de frente contra o Covid-19.

Atualmente, o maior desafio do doutor Tedros como líder da OMS é enfrentar a pandemia do novo coronavírus e lidar com críticas por ter demorado para alertar o mundo sobre a periculosidade da doença em um suposto benefício ao governo chinês. Na internet, existe um abaixo-assinado com pelo menos 700 mil assinaturas de pessoas que pedem sua renúncia ao cargo.

Tedros já pediu, inclusive, para que sua atuação no combate à pandemia não seja politizada.

Não é a primeira vez que doutor Tedros é alvo de críticas. No período em que fez parte do governo do segundo país mais populoso do continente africano, com 105 milhões de habitantes, ele recebeu críticas a nível mundial em razão de acusações de opositores que alegavam que ele teria encoberto três epidemias de cólera na Etiópia.

As acusações, que vieram à tona durante a campanha para a liderança da OMS, sempre foram negadas pelo doutor. Em sua defesa, Tedros ressalta que durante seu mandato como ministro da Saúde foram criados 3,5 mil centros médicos no país e que a mortalidade infantil foi reduzida em dois terços.

  • Nataly Simões

    Jornalista de formação e editora na Alma Preta. Passagens por UOL, Estadão, Automotive Business, Educação e Território, entre outras mídias.

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