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Reintegração de posse da Mauá pode ser o fim das ocupações no centro, afirma advogado

14 de setembro de 2017

Cerca de 237 famílias, o equivalente a mil pessoas, ocupam o prédio desde Março de 2007. Data foi anunciada pela polícia militar, em reunião no dia 5 de setembro, terça-feira.

Texto / Pedro Borges
Imagem / Vinicius Martins/Alma Preta

A reintegração de posse da Ocupação Mauá está marcada para o dia 22 de Outubro, domingo. A decisão foi anunciada pela polícia militar no dia 5 de Setembro, terça-feira, depois de reunião com a corporação.

A ação é um reflexo do pedido feito pelo juiz da 26° Vara de Justiça de São Paulo, Carlos Eduardo Borges Fantacini. Para Benedito Barbosa, advogado que acompanha a luta pela moradia nas ocupações do centro da cidade, o que está em jogo é uma guerra contra o capital imobiliário.

“O processo de reintegração de posse da Mauá é muito complexo porque estão associados a muitos interesses, muitos são visíveis e outros são estão sob uma névoa, e é preciso enxergá-los de uma forma ampla dentro do território da luz, pois estão entrelaçados em uma forte agenda do capital imobiliário, que dialoga sistematicamente com setor público e com setor privado”, afirma.

Benedito acredita que outras ações tomadas pelo prefeito João Dória representam os interesses do mercado imobiliário, como a retirada de pessoas da região da Luz, conhecida por Cracolândia.

Para ele, a Ocupação Mauá, uma das mais antigas e populosas no centro, é um símbolo de resistência popular. Um processo de reintegração de posse poderia gerar um efeito cascata e culminar na reintegração de posse das demais menores ocupações do centro da cidade.

“A Ocupação da Mauá é mais antiga e tem 10 anos e como disse é referência para outras ocupações o despejo da Mauá poderá abrir portas para outras, quês tão ameaçadas como a Ocupação São João, Ipiranga, e outras ocupações no centro.”

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