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RJ: escola adota alimentação saudável para controle da obesidade infantil

As taxas de sobrepeso de crianças e adolescentes brasileiros são maiores que os índices mundiais, segundo o Ministério da Saúde
Cozinheiros trabalham na cozinha da escola municipal Burle Marx, no Rio de Janeiro, Brasil, em 4 de abril de 2024. Quase um terço das crianças no Brasil são obesas, uma epidemia que autoridades municipais de saúde e líderes comunitários estão tentando abordar de maneiras inovadoras, recrutando refeitórios escolares e levando sua mensagem de alimentação saudável para a rua.

Foto: Pablo Porciuncula/AFP

30 de abril de 2024

Frango com batatas, salada de cenoura com repolho e melancia de sobremesa. O que parece um menu “detox” é uma das refeições servidas na cantina da escola municipal Roberto Burle Marx, em Curicica, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, que tomou a decisão de combater a obesidade que afeta uma em cada três crianças brasileiras.

Os alimentos ultraprocessados ​​foram banidos pela Prefeitura do Rio. Biscoitos ou pães com aditivos na hora do lanche também não serão servidos. No lugar deles, os alunos têm no cardápio frutas e hortaliças tipicamente brasileiras, mas esquecidas pela cozinha cotidiana, como inhame, quiabo e caqui.

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De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2022, 14,2% das crianças brasileiras entre zero e cinco anos viviam com sobrepeso, enquanto no mundo, a taxa é de 5,6%. Entre os adolescentes, 33% têm excesso de peso e obesidade. A média global é de 18,2%.

Vera Lúcia Pereira é mãe, avó e uma das colaboradoras da iniciativa Favela Orgânica, no Morro da Babilônia, no Leme (RJ). Ao lado de 160 mulheres aprendeu a preparar verduras orgânicas de forma mais saudável e criativa. Segundo ela, em entrevista à AFP, a neta de sete anos come melhor que as gerações anteriores. 

O projeto busca transformar os hábitos alimentares por meio de encontros e  sensibilização, como grafites de receitas saudáveis ​​pintadas nas paredes das ruas.

Regina Tchelly, fundadora do projeto, tem um livro de receitas premiado pelo Prêmio Jabuti 2023 e propõe intervenções nas escolas. Segundo ela, em entrevista à AFP, o livro tem o objetivo de fazer com que as crianças tenham cinco núcleos no prato com produtos naturais.

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  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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