Estudos sobre crenças religiosas na Argentina e no Uruguai apontam para um número crescente de pessoas que se identificam com as tradições e crenças de origem africana.
Segundo uma pesquisa conduzida pela socióloga uruguaia Victoria Sotelo, da Universidade da República, o percentual de pessoas que seguem uma religião de origem africana no país mais que duplicou em um período de 12 anos, alcançando 2,1% da população em 2020, em contraste com os 0,7% registrados em 2008.
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Na Argentina, o aumento no número de adeptos parte de uma base mais reduzida. O instituto de pesquisas sem fins lucrativos Latinobarómetro identificou que, em 2023, 0,3% da população argentina afirmou praticar uma religião afro-americana por pelo menos seis anos, em comparação com 0,1% em 2008.
Em 2022, a Argentina incluiu formalmente uma pergunta sobre afrodescendentes em seu censo nacional. A medida foi vista como uma vitória pelos ativistas do país.
Os esforços, contudo, ainda não conseguiram chamar a atenção do Estado argentino, com exceção de alguns órgãos dedicados a grupos marginalizados ou discriminados. Além disso, a construção de uma identidade coletiva entre os afrodescendentes ainda não teve avanços significativos.
A umbanda, assim como o candomblé, foi popularizada pela primeira vez no nordeste do Brasil e tem suas raízes no comércio transatlântico de pessoas escravizadas.