PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Pesquisar
Close this search box.

Seguranças que mataram Beto Freitas no Carrefour vão a júri popular

Juíza decidiu que três dos acusados seguem presos de maneira preventiva; caso gerou manifestações por ter ocorrido na véspera do dia da consciência negra

Imagem: Lucas Lacaz Ruiz/Estadão Conteúdo

Foto: Imagem: Lucas Lacaz Ruiz/Estadão Conteúdo

18 de novembro de 2022

Os seis acusados de participarem da morte de João Alberto Freitas, conhecido como Beto Freitas, no dia 19 de novembro de 2020, vão responder pelo crime em júri popular. A decisão, publicada no dia 17 de novembro, dois anos depois do caso, foi concedida pela juíza Lourdes da Silva.

A juíza compreendeu que existem provas suficientes, como os laudos médicos e as imagens, de que João Alberto foi morto por “asfixia mecânica por sufocação indireta”. Os seis réus do caso, Kleiton Santos, Magno Borges, Adriana Dutra, Giovane da Silva, Paulo da Silva e Rafael Rezende vão responder por homicídio triplamente qualificado, em razão do ato ter motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

Magno Borges e Giovane da Silva tiveram a prisão mantida pela juíza, assim como Adriana Dutra, que segue em prisão domiciliar. O Ministério Público, responsável por acusar os seis envolvidos, acredita que Beto Freitas foi morto por conta da sua condição social e racial. A defesa dos réus alegaram legítima defesa, por afirmarem terem sido golpeados por Beto.

O Carrefour, empresa que havia contratado os seguranças da Vector, responsáveis por agredirem Beto Freitas, firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no valor de R$ 115 milhões. Com isso, a rede de supermercados não responde judicialmente sobre o caso e se compromete a fazer ações como a contratação de pessoas negras e investir recursos em bolsas de estudo para jovens negros.

A empresa foi alvo de manifestações no dia 20 de novembro de 2020, um dia depois do assassinado de Beto Freitas. Pessoas chegaram a entrar em uma unidade em São Paulo, depredar vidros e atear fogo em prateleiras em forma de protesto.

A Alma Preta pediu um posicionamento para o Carrefour sobre o caso e até o fechamento da reportagem não houve um retorno.

Quando a morte de Beto Freitas completou um ano, em 2021, a Alma Preta, em parceria com O Joio e O Trigo, produziu um vídeo com pessoas que conheciam Beto e ativistas, que falaram sobre os desdobramentos do caso e a luta por justiça. Confira o vídeo abaixo e se inscreva no nosso canal.

Leia também: Beto Freitas: pronunciamento da justiça deve acontecer em novembro, dois anos após o assassinato

Leia Mais

PUBLICIDADE

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano